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Domingo, 08 de junho de 2025

Saiba se após a segunda dose da vacina contra a covid-19 ainda é obrigado usar máscara

Proteção aparece 15 dias depois de tomar as duas doses

01 de mar 2021 - 14h:17 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Imagem Ilustrativa

Quem tomou as duas doses da vacina contra a covid-19 ainda é necessário o uso de máscaras, pois de acordo com o infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde:

"Você, que foi vacinado, precisa saber que ainda pode transmitir a doença e adoecer, raramente da forma grave, mas pode ter sintomas leves e mal-estar".

O infectologista ainda ressalta que não existem comprovações cientificas de que a CoroanVac e a vacina de Oxford, evitam a transmissão da doença.  

Já em relação à Pfizer, uma pesquisa feita em Israel mostrou que ela é capaz de barrar o contágio. O imunizante já obteve o registro para ser usado no Brasil, mas ainda não há doses disponíveis.  

"Há pelo menos três razões que justificam o uso da máscara após a segunda dose: as vacinas não são 100% eficazes, então é possível ainda contrair a doença. Mesmo que não seja grave, pode causar mal-estar; não existem demonstrações inequívocas de que as vacinas são capazes de prevenir a transmissão, então o indivíduo vacinado pode não adoecer, mas vai transmitir para outros. A outra questão se refere à coletividade. Ninguém sai na rua dizendo 'sou vacinado e não preciso usar máscara'. Ou seja, ninguém é obrigado a saber quem está vacinado ou não. Usar a máscara é uma questão de comportamento social de respeito ao próximo", afirmou Renato.

A CoronavaC apresenta eficácia de 100% contra casos moderados e graves, de 78% para casos leves e de 50,38% nos muito leves, segundo o Instituto Butantan, em São Paulo, que produz o imunizante no Brasil. "Isso significa 50,38% menos chances de contrair a doença. Caso contraia, há 78% de chance de não precisar de qualquer atendimento médico e 100% de certeza de que a enfermidade não vai se agravar", confirma o instituto.  

A vacina de Oxford também apresenta 100% de eficácia contra casos moderados e graves. Estudo publicado no periódico científico Lancet mostrou que o imunizante reduz em 67% a transmissão da doença e oferece eficácia de 76% após a aplicação da primeira dose e de 82,4%, após a segunda, considerando o intervalo de 3 meses, como é feito no país.

"Ambas as vacinas apresentam, no final das contas, o mesmo resultado: a grande maioria das pessoas não terá a doença e, as que tiverem, poderão tratar a covid em casa, pois os imunizantes evitam as formas moderadas e graves da doença. O que é extremamente bom para uma pandemia como a que estamos vivendo".

Ele explica que a produção de defesa no organismo contra a doença gerada pela vacina começa 15 dias após a aplicação da primeira dose e vai alcançar a eficácia prometida pelos fabricantes 15 dias após a segunda dose. "A proteção só vai estar completa após o término do esquema vacinal de duas doses", orienta.

De acordo com o diretor, as máscaras só poderão ser esquecidas quando houver uma redução na circulação do vírus, mas ainda não é possível saber quanto seria essa redução.  

"O parâmetro, para isso, não é o número de pessoas vacinadas, pois pode haver novas variantes e reinfecções, porém sim quando a comunidade se deparar com uma situação epidemiológica onde não há mais uma circulação sustentada, ou seja, não muitos casos acontecendo. Então, será possível relaxar em relação as medidas como isolamento e uso de máscara", finalizou.  


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