
"Urucum", 3º disco da Karol Conká, foi saindo entre uma sessão de terapia e outra de estúdio. O segredo foi "linkar a psicóloga, o RDD, a batida e a poesia" e, assim, tornar mais leve o "peso de uma das maiores experiências da minha vida", ela diz.
RDD é Rafael Dias, produtor do grupo baiano ÀTTØØXXÁ, que já trabalhou com Anitta, Ludmilla e Pabllo Vittar. O craque do pagodão e outros beats afro-brasileiros produziu dez das onze faixas.
O "peso de uma das maiores experiências" que atormentou Karol foi, claro, o 'BBB' 21, do qual ela saiu com recorde de rejeição.
O produtor foi um pouco psicólogo, a terapeuta foi um pouco produtora e Karol Conká ficou surpresa de o álbum sair no meio de tanta "sofrência". ("Já temos os sertanejos que fazem isso", ela brinca, numa rara aspa irreverente entre falas sempre cuidadosas após o desastre do "BBB".)
A cantora de 36 anos contou ao podcast g1 ouviu como lidou com o trauma e assumiu o meme da "Karol fragmentada". Por trás das letras, ela diz. estão 4 personas: Karoline, Karol, Mamacita e Jaque Patombá, numa escala de calma a causadora.
Outro meme incorporado o "me bota no 'paredãun'". A dicção jocosa é uma das formas que ela usa para explorar a voz, expressiva como nunca em "Urucum". Ouça abaixo e leia a entrevista a seguir.
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