Ontem (31), um acumulador de 65 anos, foi indiciado por poluição ambiental após denúncia anônima de moradores.
Equipe da Decat foi ao local, acompanhada da perícia criminal.
O homem irá passar por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (1°), em Campo Grande - MS.
O delegado Maércio Barboza, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat), disse que o suspeito não pagou a fiança de R$ 2,2 mil e passou a noite na cadeia.
Conforme o delegado, os policiais chegaram a comentar que, quando se aproximava, do idoso, ele exalava forte odor.
Nessa segunda-feira (31), durante o flagrante, eles constataram que o acumulador tinha um pequeno espaço para circular na casa, na Vila NhaNhá , região sul da cidade, sendo que ele "andava de lado e dormia sentado, encostado na montanha de lixo, já que não existia espaço para uma cama".
"A informação dos vizinhos, que ainda serão ouvidos formalmente no inquérito e até mesmo da ex-esposa dele é que ele passou a fazer isso após a separação. A casa pertence a ela, porém, ele disse que não ia sair de lá e ela então aceitou que ele permanecesse no local, porém, começou a acumular lixo", afirmou o delegado.
Ainda durante a tarde, a dona do imóvel contratou um serviço particular e os lixos foram retirados.
De acordo com a polícia, havia pedaços de madeira, metais, plásticos, papelão, vidros e outros objetos que colocavam em risco a saúde humana, principalmente por conta da presença de ratos, moscas, baratas, escorpiões, mosquitos e outros animais.
A ex-mulher dele, a aposentada Isabel Myasato, de 73 anos, disse que ficou casada com o idoso por 30 anos.
"Ele passou a fazer isso há um ano. Ele abandonou os filhos, deixou todo mundo de lado e passou a fazer isso. Não sei como acumulou tanto lixo. Começou ontem o trabalho e continua até hoje. Tudo o que eu me dediquei de amor a ele foi em vão. Muito triste tudo isso", lamentou.