O Dia de Imprensa é comemorado no dia 1 de junho. Esta data foi escolhida por ser o dia em que se iniciou a veiculação do jornal Correio Braziliense, fundado por Hipólito José da Costa, em 1808. Três meses antes, ele era distribuído de forma clandestina.
Antes da Lei Ln.º 9.831 de 1999, que declarou o dia 1 de junho como a data oficial da imprensa, o dia era comemorado em 10 de setembro, pois neste mesmo dia em 1808 ocorreu a primeira distribuição do Jornal Gazeta no Rio de Janeiro, que trazia notícias da corte na época.
A IMPRENSA AINDA LUTA CONTRA A LIBERDADE
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) já vinha alertando para o fato de que, a partir de 2019, intensificaram as violações à liberdade de imprensa no Brasil, claramente associadas à ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Em matéria divulgada no fim de janeiro de 2021, a federação afirmava que a violência contra jornalistas havia crescido 105,77% em 2020, com Jair Bolsonaro liderando ataques. Em 2019, foram registrados 208 casos de ataques a veículos de comunicação e a jornalistas. Um aumento de 54,07% em relação a 2018, que registrou 135 ocorrências.
Em 2020, a situação piorou. O levantamento da Fenaj, que é subnotificado, dá conta de que houve uma explosão de violência contra jornalistas e contra a imprensa de um modo geral. Foram registrados 428 episódios, 105,77% a mais do que em 2019. De acordo com o relatório, “ a descredibilização da imprensa, como no ano anterior, foi a violência mais frequente: 152 casos, o que representa 35,51% do total”.
E prossegue: “O presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, foi o principal agressor. Sozinho foi responsável por 175 casos (40,89% do total): 145 ataques genéricos e generalizados a veículos de comunicação e a jornalistas, 26 casos de agressões verbais, um caso de ameaça direta a jornalistas, uma ameaça à TV Globo e dois ataques à FENAJ”.
Além da luta pela liberdade de imprensa e de expressão/opinião, a categoria lutou pela sua inclusão entre os grupos prioritários para a vacinação, depois de longo período foi concedida.
Um levantamento da Fenaj mostra que a Covid-19 mata um jornalista por dia no Brasil. Entre janeiro e abril de 2021, 124 jornalistas perderam a vida para a doença, uma média de 31 por mês, bem acima da média verificada em 2020, com 8,3 óbitos/mês.
Ainda segundo dados de um levantamento realizado pela Fenaj, já são 213 profissionais mortos. Os números fazem parte do “Dossiê Jornalistas Vitimados pela Covid-19”, documento elaborado pela Fenaj com a ajuda dos sindicatos de todo o País.
Fonte: SINPRO