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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Condenados por sequestrar e matar pecuarista em condomínio de luxo têm penas somadas em mais de 70 anos.

Andréia Aquino Flores foi assassinada dentro de um condomínio de luxo no dia 28 de julho de 2022. Investigações apontaram que a funcionária de confiança da pecuarista foi quem arquitetou o crime.

01 de jun 2023 - 08h:22 Créditos: G1
Crédito: Divulgação

Lucimara Rosa Neves, de 43 anos, Jessica Neves Antunes, 24 anos, e Pedro Ben Hur Ciardulo, de 21 anos, foram condenados pela morte de Andreia Aquino Flores. O caso foi tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, e julgado pela 5ª Vara Criminal de Campo Grande.


Juntas, as penas dos três ultrapassam os 70 anos. A governanta da vítima, Lucimara, foi a que recebeu a maior condenação por ter organizado o crime: 28 anos em regime fechado. A filha dela, Jessica, que também trabalhava para Andreia, vai ter que cumprir 24 anos, também em regime fechado.


O cunhado de Lucimara, Pedro Ben Hur Ciardulo, foi quem matou Andreia asfixiada no dia 28 de julho de 2022, e pegou a pena menor, de 20 anos em regime fechado. Logo após o crime ele tentou fugir, mas foi preso dias depois em Dourados, a 235 km de Campo Grande.


Os três estão presos desde o ano passado. Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Lucimara e Jessica estão no Instituto Penal Feminino Irmã Zorzi. O presídio onde Pedro está não foi informado.



Suspeito pela morte de pecuarista, Pedro Ben Hur Ciardulo foi preso em Dourados. — Foto: Adilson Domingos/Dourados Informa
Suspeito pela morte de pecuarista, Pedro Ben Hur Ciardulo foi preso em Dourados. — Foto: Adilson Domingos/Dourados Informa



O crime:

Andréia Aquino Flores foi assassinada dentro de um condomínio de luxo, na Vila Manoel da Costa Lima.O caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que ouviu primeiro as funcionárias dela, Lucimara Rosa Neves e Jessica Neves Antunes.


A primeira versão que elas deram para a polícia foi de que dois homens as teriam rendido dentro do veículo da vítima, no estacionamento de um mercado atacadista na capital, e levadas para o condomínio onde Andreia morava.



Na residência, elas supostamente teriam sido amarradas em um cômodo, enquanto os assaltantes pediam dinheiro de Andreia. Luciama afirmou ainda que teria sido obrigada a levar os bandidos ao bairro Tiradentes.


Porém, o caso foi desmentido após câmeras de segurança do atacadista flagrarem mãe e filha abrindo o carro para os suspeitos. Depois de Pedro ser preso, disse que a pecuarista foi morta porque não aceitou realizar uma transferência de R$ 50 mil via pix.


Ele também apontou onde escondeu uma caixa de som e um notebook que pegou da residência.


De acordo com a investigação, a funcionária mais velha chegou a levar o cachorro da vítima para um pet shop, garantindo assim que nada dificultaria o crime. De acordo com a Derf, a quantia seria repartida entre os envolvidos, ficando R$ 30 mil para Lucimara e R$ 10 mil para os outros dois.


Em agosto do ano passado, o Aluízio Pereira dos Santos considerou que a natureza do crime foi grave com uso de violência mediante à ameaça e brutalidade no crime.

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