
Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos conseguiu criar uma "superenzima" capaz de destruir materiais plásticos rapidamente. O mecanismo pode ser usado, entre outras funções, para a reciclagem de produtos à base do politereftalato de etileno. Conhecido como PET, ele é largamente utilizado na produção de garrafas, carpetes e roupas, segundo a rede americana CNN. O feito foi publicado no periódico científico Procedimentos da Academia Nacional de Ciência dos EUA.
O material foi criado a partir da combinação de uma enzima já existente, batizada de PETase, com uma segunda substância chamada MHETase para catalisar o processo. Os trabalhos foram liderados pelo Centro de Inovação em Enzimas da Universidade de Portsmouth (EUA).
A expectativa, agora, é que ela ajude a reduzir os volumes do plástico PET, que demora centenas de anos para se degradar.
O líder do estudo e diretor do centro, John McGeehan, disse à CNN que é a primeira vez que a técnica, muito utilizada na indústria de biocombustíveis, é usada na quebra de plásticos. Outras enzimas voltadas para plásticos PETs são testadas ao redor do mundo e há outras tecnologias, como o uso de vermes e larvas que destroem o material.
A conclusão dos pesquisadores acende um alerta. Segundo eles, se nenhuma ação for tomada, a quantidade de plástico que entra no mar a cada ano aumentará de 11 milhões para 29 milhões de toneladas, deixando acumulados 600 milhões de toneladas de resíduos no oceano até 2040.