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Quarta, 03 de dezembro de 2025

Justiça autoriza acesso a celulares de suspeitos e vítima em caso de padre assassinado

Investigação busca confirmar latrocínio e identificar outros envolvidos no crime em Dourados.

01 de dez 2025 - 16h:34 Créditos: Redação
Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A Vara do Juiz das Garantias, Tribunal do Júri e Execução Penal da Comarca de Dourados autorizou o acesso aos dados dos celulares apreendidos no caso da morte do padre Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos. A decisão, assinada pelo juiz Ricardo da Mata Reis, abrange tanto o aparelho da vítima quanto os dos jovens suspeitos de participação no crime.

Segundo a Polícia Civil, a medida é crucial para ampliar o conjunto de provas, reforçar a linha de investigação que aponta latrocínio — roubo seguido de morte — e identificar possíveis outros envolvidos. Com os dados, os investigadores poderão confrontar depoimentos, mapear contatos e reconstruir conversas relacionadas ao planejamento e execução do crime.

O assassinato ocorreu em 14 de novembro, e o corpo do sacerdote foi encontrado no dia seguinte em uma estrada próxima a uma área de mata no Distrito Industrial de Dourados. De acordo com o delegado Lucas Albe Veppo, o padre foi atacado dentro de casa, sendo golpeado na cabeça com uma marreta e esfaqueado no pescoço e no peito, antes de ter o corpo transportado e abandonado na região de mata.

A Polícia Civil aponta que cinco jovens participaram diretamente do crime, entre eles dois adultos e três adolescentes. Segundo as investigações, Leanderson de Oliveira Júnior, de 18 anos, e um menor de 17 anos planejavam furtar o veículo da vítima para revendê-lo no Paraguai por cerca de R$ 40 mil. A dupla teria discutido detalhes da ação, e Leanderson admitiu ter atingido o padre.

O principal suspeito alegou que a motivação do crime teria sido uma suposta tentativa de abuso sexual por parte da vítima. No entanto, a Polícia Civil afirmou que não existem indícios que sustentem essa versão.

A quebra do sigilo telefônico deve ser decisiva para esclarecer contradições, fortalecer a tese de latrocínio qualificado e reunir provas para esclarecer todos os desdobramentos do caso. O inquérito também investiga ocultação de cadáver, furto qualificado e fraude processual, e os dados dos celulares deverão orientar as próximas etapas da apuração.

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