
A Amazônia será destruída até 2064 devido ao desmatamento e às secas prolongadas provocadas por mudanças climáticas.
É o que prevê o cientista Robert Waker, professor de geografia da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, em artigo publicado recentemente pela revista científica Environment.
Segundo Waker, a maior floresta tropical da Terra, que tem cerca de 3,7 milhões de quilômetros quadrados, fará, nas próximas décadas, a transição de uma floresta densa e úmida para uma savana aberta, dominada por gramíneas e arbustos inflamáveis, e deve atingir o que ele chama de “ponto de inflexão” em até no máximo 44 anos.
Na prática, isso significa que em 2064, as secas extremas podem se tornar frequentes demais para que o dossel, a cobertura superior da floresta, formada pelas árvores, se recupere completamente.
As mudanças climáticas intensificadas pelos incêndios ocorridos em 2019 seriam os principais agentes causadores dessa mudança.