Indígenas da Aldeia Jaguapiré, em Tacuru, denunciam a destruição de casa de reza e elementos da cultura Guarani Kaiowá. O local e objetos sagrados foram consumidos pelo fogo na madrugada de ontem (1º). A suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso, segundo o Campo Grande News.
Esta é a segunda casa de reza Indígena destruída em 2020, em Mato Grosso do Sul. O primeiro incêndio foi registrado na comunidade Laranjeira Nhanderu, em Rio Brilhante.
Em julho do ano passado, o alvo foi a única casa de reza de Dourados, na Aldeia Jaguapiru. O fogo queimou totalmente a estrutura de madeira coberta por capim sapé. Com pelo menos 17 mil moradores, a reserva é a mais populosa do País.
Ao Cimi (Conselho Indigenista Missionário), ainda conforme o site, a rezadora Roberta Ximenes, da Jaguapiré, relatou que, por volta das 5h, duas pessoas botaram fogo no espaço sagrado, onde estavam cinco Xirus, estrutura feita com varas em formato de cruz, passada por gerações entre as famílias. Os objetos tinham mais de 200 anos.
Neste domingo, rezadora e famílias tradicionais de Terra Indígena Jaguapire denunciaram a situação MPF (Ministério Público Federal) e PF (Polícia Federal) solicitando investigação com urgência. A Polícia Civil ainda não recebeu nenhuma denúncia sobre o ocorrido.
A Aldeia Jaguapiré é formada por mais de 1 mil Guarani Kaiowás, em área de 2 mil hectares