Depois de mais de quatro meses, mais precisamente 137 dias, o barco Carcará que naufragou e matou sete pessoas foi retirado do rio Paraguai. Foram 86 dias de trabalho para que o barco-hotel fosse retirado e rebocado até o estaleiro em Ladário. A operação foi finalizada ontem (1º), e ainda não foi definido o que será feito com a estrutura que restou.
Um dos responsáveis pela retirada da embarcação contou que operação chegou a mobilizar 20 pessoas nesse período e que a embarcação, que tem seis metros de altura e 23 metros de comprimento, afundou bem no canal do rio, e por estar seco, a retirada ficou mais difícil.
“O rio estar seco foi o maior problema, tivemos que arrastar o barco para baixo, fazer manobras para poder encostar e embarrancar ele e, daí, dar início ao trabalho de levantamento para flutuação. Agora, com a embarcação já fora do rio, só se pode aproveitar a parte do casco, pois a estrutura em si virou sucata, não dá para fazer nada. O motor dá para aproveitar também”, explicou Paulo Honda ao site Diário Corumbaense.
Todo o processo de retira foi autorizado pela Marinha, que acompanha o caso, por meio da Capitania Fluvial, com processo administrativo e investigações.
O barco de esporte e recreio Carcará, naufragou cerca de 5 quilômetros do porto de Corumbá, durante chuva e ventos com rajadas de mais de 64 km/h, na tarde de 15 de outubro do ano passado, e pertence a uma associação chamada “Amigos do Rio”, a maioria do estado de Goiás.
Ao todo, 14 pessoas foram resgatadas e sete morreram, todos homens. Cinco deles eram de Rio Verde de Goiás; o comandante e um ajudante de convés, eram de Corumbá.