O embaixador do Brasil na Ucrânia, Norton de Andrade Mello Rapesta, informou que ele e a equipe da embaixada brasileira deixaram Kiev nesta terça-feira (1º) após as condições de segurança na capital ucraniana se deteriorarem com a aproximação das tropas russas.
Os funcionários da embaixada seguiram para Lviv, onde está montado um posto de auxílio aos brasileiros que desejam sair da Ucrânia. A cidade fica a cerca 70 km da fronteira com a Polônia. O embaixador disse que, embora tenha saído da capital, não deixará o país até retirar todos os brasileiros que procurarem por ajuda.
Em nota, o Itamaraty afirmou que presta assistência emergencial aos cidadãos que buscam deixar a Ucrânia e que decidiu abrir dois postos de atendimento consular.
“Na cidade de Lviv, localidade próxima à fronteira com a Polônia para onde se tem dirigido grande fluxo de nacionais brasileiros; e em Chisinau, capital da Moldávia, a fim de facilitar a assistência a brasileiros que buscam a saída da Ucrânia via Romênia”, escreveu.
Na segunda-feira (28), o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, anunciou que a Embaixada do Brasil na Ucrânia abriria um escritório em Lviv. “Por força da deterioração da situação de segurança em Kiev, embaixadas de vários outros países têm igualmente estabelecido missões de apoio fora da capital da Ucrânia, sobretudo em Lviv”, informou o comunicado do Itamaraty.
Muitos brasileiros e cidadãos de outras nacionalidades que estão deixando Kiev, a capital do país, se deslocam para o oeste, para atravessar a fronteira para uma área mais segura. Cerca de 100 brasileiros saíram da Ucrânia até esta terça-feira (1º), segundo o Itamaraty, e outros 80 cidadãos do Brasil estão no país com intenção de sair.
Os números se referem apenas aos registrados em uma lista das embaixadas do Brasil. Ao todo, estima-se que 500 brasileiros viviam na Ucrânia antes dos conflitos com a Rússia.