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Terça, 03 de dezembro de 2024

Federação das Indústrias de MS avalia positivamente redução do juros feita pelo BC.

Redução era esperada pelo governo federal e mercado financeiro. Índice não registrava cortes desde agosto de 2020.

02 de ago 2023 - 22h:17 Créditos: G1
Crédito: DIVULGAÇÃO

A Federação de Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) avaliou positivamente a redução da taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano, feita pelo Banco Central.

Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, a redução é um sinal claro para o mercado de que a economia está agora, depois de conter a inflação, voltando a se estabilizar.


“Os juros estão quebrando as empresas e essas taxas que estavam até então eram impraticáveis. No entanto, essa redução ainda é tímida e os efeitos positivos dessa decisão do Copom só serão percebidos após um intervalo considerável de tempo. Ou seja, mesmo com a redução observada a Selic seguirá ainda muito acima daquele nível que é compreendido como neutro. Em que promove o controle da inflação, mas sem desestimular o crescimento da economia”, afirmou Longen.



Apesar de considerar a redução tímida, o líder empresarial acredita que a decisão de cortar os juros em 0,5% anima empresários e investidores.

“Esse é um sinal claro de esperança de que até o final do ano se possa chegar em 12%, e aos poucos se aproxime do percentual da inflação. Resumindo, é um sinal positivo, mas precisa baixar mais e dá esperança para que possamos retomar os investimentos todos”, finalizou.


Queda no juros


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O placar no Copom foi de cinco votos para derrubar a taxa para 13,25% e quatro votos a favor de 13,50%.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Fiscal, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula para o posto, concordaram em cortar a taxa em 0,5 ponto percentual (veja mais abaixo como votaram todos os diretores). O governo vinha criticando Campos Neto desde o início do ano pelas sucessivas decisões do Copom de não baixar a taxa.


Esse foi o primeiro corte da taxa básica de juros em três anos. A última queda havia acontecido em agosto de 2020, em meio à fase mais aguda da pandemia de Covid-19, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano.

No comunicado divulgado após a reunião, o comitê argumentou que a melhora do cenário para a inflação possibilitou a redução da Selic.

"O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária".

Segundo o comunicado, o Copom chegou a avaliar a possibilidade de reduzir a Selic em um patamar menor, de 0,25 ponto percentual, mas que considerou "apropriado" reduzir em 0,50 ponto percentual em função da melhora do quadro inflacionário.

Em maio, a inflação oficial desacelerou para 0,23% de alta. E, em junho, foi registrada deflação, ou seja, queda de preços, de 0,08%.

De acordo com o comitê, a decisão também pode ocasionar "suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego".

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