
Wualison Patríque Montora da Cruz, de 31 anos, morreu na noite desta quarta-feira (1º) em Itaporã após abordagem da PM (Polícia Militar). O caso aconteceu na Rua Goitacazes, região central da cidade, depois de denúncias de que ele estaria armado e ameaçando moradores.
Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 19h30 a guarnição recebeu informações de que o suspeito estava em frente à própria casa. Quando os policiais chegaram, chamaram Wualison pelo portão e deram ordem para colocar as mãos na cabeça. Ele recuou e levou a mão à cintura, gesto que indicava estar armado.
O sargento responsável disparou quatro vezes para conter a ameaça. O homem caiu e ainda apresentava sinais vitais, sendo colocado na viatura e levado imediatamente ao hospital municipal. Às 20h15, o médico de plantão confirmou a morte.
Com o suspeito, a PM apreendeu uma pistola Astra calibre .45, com nove munições no carregador e outras dez intactas no bolso dele. Também foi recolhida a pistola Beretta calibre 9 mm usada pelo sargento nos disparos. O caso foi registrado como homicídio decorrente de intervenção policial e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
A Polícia Judiciária Militar e a perícia acompanharam os procedimentos. A Polícia Militar informou que novos detalhes só serão divulgados após a conclusão das investigações.

Histórico criminal
Em outubro de 2014, Wualison foi apontado como autor de disparos em um bar da cidade contra Júnior de Lima Monteiro, trazido em estado grave para Dourados e que ficou paraplégico.
Já em abril de 2021, o indivíduo voltou a ser preso, mas por tráfico de drogas. A ocorrência começou com uma denúncia de violência doméstica, quando familiares relataram que ele ameaçava pessoas sob efeito de entorpecentes.
Na casa dele, a polícia encontrou dez gramas de cocaína e materiais para embalar porções. Wualison admitiu que vendia papelotes da droga a R$ 50, inclusive para usuários flagrados no local.
Além desses casos, constam registros de ameaças, violência doméstica e porte ilegal de armas. Mesmo monitorado, continuava sendo alvo de denúncias por comportamento violento.
