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Quinta, 04 de dezembro de 2025

Servidores dizem que morte de “Vaqueirinho” era tragédia anunciada

Ex-presidiário fugiu do Caps e apresentava quadro psicológico grave, segundo direção do presídio.

02 de dez 2025 - 09h:31 Créditos: Redação, com informações do Midiamax
Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Dias antes de Gerson de Melo Machado — conhecido como “Vaqueirinho” — invadir a jaula de uma leoa e morrer, o diretor da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, Edmílson Alves, já havia feito um alerta público sobre o grave quadro psicológico do ex-detento. Em vídeo publicado em 25 de novembro, o gestor relatou que Gerson apresentava transtornos mentais severos e comportamento incompatível com a vida em liberdade.

Segundo Edmílson, durante o período em que esteve preso, Gerson era acompanhado por equipe de saúde, usava medicação contínua e protagonizou episódios de surto, automutilação e agressões contra si próprio. “Quem conversar com Vaqueirinho por 5 ou 10 minutos percebe que ele não é uma pessoa normal. Ele tem laudo, é acompanhado. O tempo todo no presídio foi sob medicação”, afirmou.

O diretor contou ainda que Gerson teria arremessado uma pedra contra uma viatura policial com o objetivo de ser levado novamente à delegacia. “Ele dizia que não queria ficar nas ruas”, completou.

 

‘Tragédia anunciada’, dizem servidores

 

Após a morte do ex-detento, Edmílson voltou às redes sociais para lamentar o desfecho. Ele reforçou que a Justiça havia encaminhado Gerson para acompanhamento no Caps, mas que o equipamento não teria condições de mantê-lo sob vigilância contínua. “Ele fugiu. Falamos tanto da situação dele. Era uma pessoa que precisava de ajuda”, disse.

Yves, chefe de disciplina do Presídio do Róger, também declarou que o caso era uma “tragédia anunciada”. Segundo ele, o raciocínio de Gerson era semelhante ao de uma criança e suas reações dependiam de pequenas trocas, como doces, para evitar crises. “Precisava de uma atenção maior”, afirmou.

O sepultamento de Gerson ocorreu na segunda-feira (1º), no Cemitério do Cristo, em João Pessoa (PB).

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