![](assets/uploads/blog/2024-03-03/73973fa0c9e10de661d49e019b1d35ee.png)
Filippe Barreto Sims, preso por furtar quase R$ 4 milhões em criptomoedas de um casal de idosos de Campo Grande, é influenciador e dá dicas nas redes sociais de como ganhar dinheiro com inteligência artificial. O suspeito acumula mais de 30 mil seguidores e 2 milhões de visualizações.
O sul-mato-grossense Filippe Barreto tinha como comparsa Jair do Lago Ferreira Júnior, que também foi preso. De acordo com a apuração dos policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros (Garras), os suspeitos conseguiram as senhas das contas on-line das vítimas após fingirem uma amizade com o casal.
Com a confiança e os acessos aos sites de criptomoedas, os criminosos furtaram ao todo R$ 3,6 milhões em moedas digitais das vítimas. O g1 não conseguiu contato com as defesas dos presos.
Nas redes sociais, Filippe se apresenta como especialista em tecnologia da informação, inteligência artificial e empreendedorismo. Em um vídeo com mais de um milhão de visualização, o suspeito promete ensinar uma técnica secreta que está usada para monetizar a inteligência artificial.
Em outra publicação, Filippe promete ensinar, por meio de vídeos, como produzir conteúdo e tira dúvidas dos seguidores em como monetizar as redes sociais.
Investigação
![Suspeitos foram presos em São Paulo e no Paraná. — Foto: Redes sociais/Reprodução](https://s2-g1.glbimg.com/gDHeiZZ_1dbsfUQwABESvZ3Io2E=/0x0:1920x1080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/2/D/IE6AezQyaHA9XpB47tRg/sem-titulo.jpg)
O delegado responsável pelo caso, João Paulo Sartori, explicou que os suspeitos prestavam assessoria para as vítimas. Foi a partir desta prestação de serviço que os criminosos iniciaram a relação de suposta amizade com o casal furtado.
Após se darem conta do furto, o casal de Campo Grande procurou a polícia e prestou queixa. A operação do Garras contou com apoio do Núcleo de Operações com Criptoativos do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab/MJSP), que ajudou a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul no rastreio das criptomoedas furtadas e a identificação dos criminosos
![Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum — Foto: Reuters](https://s2-g1.glbimg.com/rxE4XbUElNhdB6pPgO28mXgOLQ0=/0x0:4000x2705/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/I/R/uA4ElVTL2spqsJDC30fg/2023-06-07t190038z-776512739-rc2ie1agsplv-rtrmadp-3-usa-sec-coinbase.jpg)
Os suspeitos podem receber penas de quatro a oito anos. O caso foi registrado como furto qualificado e segue sendo investigado.