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Quinta, 21 de novembro de 2024

Segundo acusado da morte de Wesner com mangueira em lava-jato é preso

Acusados foram condenados a 12 anos de prisão

03 de abr 2024 - 12h:00 Créditos: Midiamax
Crédito: Thiago (à esquerda) e Willian (à direita) são acusados de matar Wesner (ao centro)

Thiago Giovanno Demarco Sena, acusado da morte de Wesner Moreira, de 17 anos, que morreu após ter uma mangueira introduzida no corpo em fevereiro de 2017, em um lava-jato, em Campo Grande, foi preso nesta terça-feira (2).

Ele estava foragido desde a condenação em julgamento. Ele havia sido condenado a 12 anos pelo crime. Willian Enrique foi preso em fevereiro deste ano. Logo após a condenação, os dois recorreram da decisão em liberdade e depois da expedição do mandado de prisão foram considerados foragidos.

Ainda não há detalhes de como aconteceu a prisão de Thiago. No dia 12 de dezembro, juízes da 2ª Câmara do Tribunal de Justiça negaram a apelação. Com mandado de prisão expedito na semana passada, Willian e Tiago são considerados foragidos pela Polícia Civil.

O advogado de defesa de Willian informou, na época, que a apresentação poderia acontecer a qualquer momento e que não deve passar de amanhã. “Vamos apenas acertar os detalhes da apresentação que deve ocorrer hoje, ou no máximo amanhã”, garante.

Morte de Wesner

O crime aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2017. Na noite do dia 2, Wesner afirmou para a mãe que pegaria carona com Thiago, um dos acusados pelo crime. “Ele falou, mãe me acorda bem cedo que o Thiago vai vir me buscar para ir ao serviço”.

“No outro dia, quando o Thiago estava batendo na porta, senti até uma coisa ruim, mas meu filho foi”, conta Marisilva. Segundo a peça acusatória, na data de 3 de fevereiro de 2017, por volta das 10 horas, no lava-jato, localizado na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, a dupla introduziu uma mangueira de ar no ânus de Wesner, causando-lhe ferimentos e em seguida sua morte.

Wesner teria pedido para Willian que comprasse um refrigerante e o mesmo questionou: “De novo? Agora toda hora Coca-Cola!”, e passou a bater na vítima com um pano utilizado para limpar carros, em tom de brincadeira.

Ainda conforme o processo, Wesner pediu para que ele parasse, mas não foi atendido. Em certo momento se afastou, mas foi imobilizado por Willian que o levou até Thiago, que por sua vez, com a mangueira de compressor de ar, retirou a bermuda e cueca da vítima e introduziu o equipamento em Wesner.

Imediatamente, o adolescente começou a passar mal e vomitou, sendo levado ao Centro Regional de Saúde do bairro Tiradentes e, posteriormente, ao Hospital Santa Casa, onde permaneceu internado até dia 14, quando morreu. O laudo apontou que o óbito foi causado por ruptura do esôfago e choque hipovolêmico por hemorragia torácica aguda maciça.

Quando a mãe ficou sabendo, o filho já estava no hospital. “Estava muito inchado, irreconhecível”, relata. “Fiquei esperando ele melhorar, quando um dia me contou o que aconteceu. Falou que eles sempre faziam esse tipo de brincadeira com ele e, na última vez, um deles laçou ele com pano molhado e o outro colocou a mangueira”, lembra a mãe.

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