Crédito: Imagem ilustrativa Maio é o mês de combate ao abuso e a exploração sexual infantil. É uma iniciativa que visa dar visibilidade sobre esse assunto.
A cor laranja foi escolhida para essa ação, pois faz referência à coloração da gérbera, uma flor comum no Brasil e que representa a fragilidade e vulnerabilidade.
Esse assunto é tratado neste mês por conta de uma menina chamada Araceli Crespo, que no dia 18 de maio de 1973, foi vista com vida pela última vez, ao sair mais cedo da escola para entregar um envelope enviado por sua mãe.
Elas moravam em um prédio no centro de Vitória, no Espírito Santo. A pequena tinha oito anos.
Ao encontrar os destinatários da encomenda, Araceli foi drogada, espancada, estuprada e assassinada.
Seu corpo permaneceu dias escondido em um freezer, desfigurado por um ácido corrosivo, até ser abandonado em um terreno e localizado por uma criança que brincava no centro da cidade.
Os suspeitos no assassinato da garota pertenciam a famílias conhecidas de ES e nunca pagaram por seus crimes.
O dia 18 de maio, dia de sua morte, foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Por conta da pandemia da covid-19 crianças e adolescentes se tornaram ainda mais vulneráveis à violência sexual.
À medida que a doença avança, casos de abusos e violência doméstica tendem a se intensificar devido à onipresença do abusador.
O registro dessas ocorrências diminuiu por contas das crianças não estarem frequentando a escola, consultórios médicos, espaços públicos e por conta do reduzido contato social para além do convívio do núcleo familiar, a constatação da violência por terceiros fica ainda mais difícil, o que coloca as crianças em maior risco.
A violência sexual sofrida por crianças e adolescentes configura grave problema de saúde pública e violação dos direitos humanos, gerando sérias consequências nos âmbitos individual, social e causando trágicas consequências psicológicas e físicas, sendo um dos crimes mais cometidos no Brasil.
