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Segunda, 23 de dezembro de 2024

Com aval de Bolsonaro, militares tentam hoje reabrir diálogo com STF

Ministro da Defesa tem encontro com Fux à tarde para 'restabelecer pontes', por 'acomodação' e 'harmonia' entre os Poderes. Proximidade das eleições é a principal preocupação

03 de mai 2022 - 14h:08 Créditos: R7
Crédito: R7

Em reunião antecipada para esta terça-feira com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, tentará um distensionamento das relações entre Judiciário e Executivo, com o aval do presidente Bolsonaro. “É um primeiro movimento para restabelecer pontes”, declara fonte militar próxima ao ministro. Novas reuniões devem ocorrer nos próximos dias, com vistas a recuperar “a harmonia”. “Há um périplo a ser feito”, admite a fonte.

A conversa é o primeiro encontro do tipo desde 20 de abril, data em que o Supremo condenou o deputado Daniel Silveira (PTB/RJ), aliado de Bolsonaro, no inquérito que apura “atos antidemocráticos” contra as instituições e o próprio STF. O parlamentar foi indultado no dia seguinte pelo presidente, por meio de um decreto arquitetado por auxiliares no correr de uma semana.

O episódio pegou o STF de surpresa e agravou o distanciamento entre Judiciário e Executivo. Desde então, o presidente da Corte deixou claro que responderia apenas nos autos. Somente o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, se manifestou.

“Esperamos que haja uma acomodação”, declara o oficial, que participou das articulações para a reunião. No meio militar, há grande preocupação com o acirramento das hostilidades entre os Poderes em pleno ano eleitoral e com o isolamento do STF. A reabertura imediata do diálogo é prioridade. “Estamos todos atuando nos bastidores para isso.”

A conversa entre Nogueira e Fux estava prevista para esta quarta-feira, mas foi antecipada para hoje a pedido do general. O aval do presidente foi recebido com alívio no meio militar, que vem trabalhando para construir uma saída para a crise. Para esses mediadores, faltando seis meses para a eleição, ainda há tempo suficiente para se corrigirem os rumos da situação, desde que não se permita o agravamento das hostilidades.  


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