A Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu prisão domiciliar a Fahd Jamil, empresário acusado de integrar organização criminosa que estaria envolvida em vários crimes no estado.
O idoso se entregou à polícia no dia 19 de abril, passou por uma cirurgia cardíaca no fim de maio e agora teve o benefício de ir para casa concedido.
A concessão da prisão domiciliar se deu por conta do pagamento de fiança de R$ 990 mil e uso de tornozeleira eletrônica pelo prazo inicial de seis meses.
O empresário também terá que entregar o passaporte e apresentar nome e dados de identificação dos familiares que pretende receber, bem como de profissionais da saúde que o atende.
Fahd Jamil fica proibido de ter contato com testemunhas e outras pessoas envolvidas na operação Omertá.
A sentença é assinada pelo juiz Roberto Ferreira Filho e leva em conta o estado de saúde de Fahd, que seria portador de distúrbio hidroeletrolítico grave, que requer tratamento emergencial em ambiente domiciliar.
O quadro foi demonstrado no processo por parecer médico-legal e pelo médico particular de Fahd.
Além dos laudos médicos, consta na decisão judicial que a polícia foi favorável à remoção do acusado para um ambiente adequado.
A Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública afirmou à Justiça que não há, atualmente, no sistema penitenciário e nem nas delegacias, estrutura de saúde que possa atender as necessidades do réu.
Os advogados de Fahd Jamil, Gustavo Badaró e André Borges, disseram que a prisão domiciliar é direito previsto em lei e que agora o cliente deles vai poder cuidar da saúde ao lado da família e de amigos.