O volume das exportações é 107% maior do que o registrado no mês de julho de 2021, que foi de 1.991.369 toneladas.
A evolução do mercado internacional para o cereal plantado no país foi o destaque da edição da vez do AgroExport, quadro semanal apresentado por Giovani Ferreira, diretor de Conteúdo do Canal Rural, no telejornal ‘Mercado eamp; Companhia’.
“Agora elas [as exportações de milho] voltam com força” — Giovani Ferreira
O número de exportações do cereal registrado no primeiro mês do segundo semestre deste ano não foi por acaso, diz Ferreira.
De acordo com o coordenador de conteúdo do Canal Rural, o volume representa a retomada do setor.
“No ano passado, tivemos um problema de escassez, por causa de questões climáticas, e reduzimos as exportações, mas agora elas voltaram com força.”
Retomada, mas sem recorde
A retomada observada não deve, no entanto, ser responsável pela quebra do recorde de exportação de milho pelo Brasil.
Giovani Ferreira destacou que tal marca deverá seguir com 2019, quando o país embarcou 42,75 milhões de toneladas de milho para o exterior. No consolidado deste ano, a expectativa é de o setor voltar ao patamar de 2020, quando mais de 34 milhões de toneladas do cereal foram para o exterior.
Crescimento da importação de milho
No quesito milho no Brasil, as exportações estão em alta. E as importações também.
De janeiro a julho deste ano, a importação do cereal superou 1 milhão de toneladas — volume similar ao registrado no mesmo período do ano passado, pontuou o diretor de conteúdo do Canal Rural.
Mas por qual razão os desembarques estão numa crescente? Para Ferreira, alguns fatores ajudam a responder tal questão. Fatores esses que vão da sensação de escassez do produto no ano passado, em meio à pandemia da Covid-19, até aos preços praticados pelo mercado internacional.
“O Brasil precisa desse excedente para retomar as exportações” — Giovani Ferreira
“Mercado livre, aberto e concorrencial”, enfatizou o apresentador do AgroExport. “O Brasil precisa desse excedente para retomar as exportações e está importando milho de outros países do Mercosul para atender a demanda interna”, comentou Ferreira, que ainda lembrou: o preço do cereal foi alterado diante da guerra entre Ucrânia e Rússia.
“Quando se iniciou a guerra na Ucrânia, em fevereiro, a saca de milho no mercado internacional estava cotada na casa dos US$ 5 por bushel. Com a guerra foi a US$ 8 por bushel, por um temor de escassez”, afirmou Ferreira. “Hoje, o preço se acomodou, foi para a casa dos US$ 6,5 dólares por bushel.”