A Coreia do Norte rejeitou quase três milhões de doses de uma vacina chinesa contra a Covid-19 e sugeriu que elas sejam entregues aos países mais necessitados. A informação foi divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O país asiático foi o primeiro a impor um rígido bloqueio ao fechar suas fronteiras em janeiro do ano passado para evitar a propagação do coronavírus a partir da China, onde a Covid-19 foi detectada pela primeira vez antes de se espalhar para o resto do mundo.
Pyongyang insiste que não registrou nenhum caso de coronavírus – afirmação que analistas questionam –, mas como as informações são filtradas pelas autoridades comunistas, é difícil saber o número de contaminações que provavelmente ocorreram no país. O regime, que sofre as sanções econômicas ligadas à manutenção de seu programa nuclear militar, admitiu em junho que enfrentava uma "crise alimentar".
Apesar das dificuldades, o país, isolado, comunicou ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que as doses produzidas na China poderiam ser administradas a pessoas em outros Estados. A agência da ONU distribui as vacinas como parte do programa de acesso mundial às vacinas anticovid (Covax) para países de baixa renda. O Brasil também se beneficia do programa.