Um assassinato foi descoberto de maneira inusitada na BR-060, em Rio Verde, Goiás. Um carro capotou e um corpo, que tinha pés e mãos amarrados e estava enrolado em um lençol, foi arremessado para fora. O motorista saiu correndo pela rodovia, mas acabou preso logo depois e disse que receberia R$ 100 para ocultar o cadáver. A vítima é a fisioterapeuta Larissa Araújo, de 25 anos.
O caso aconteceu na segunda-feira (2). A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas após o acidente. No local, os agentes encontraram o carro capotado, que levava um botijão de gás e uma televisão, e um corpo que estava nas proximidades.
A vítima estava enrolada em um lençol, o que indicava que já estava morta antes do acidente. O Instituto Médico Legal (IML) fez a remoção do corpo, que será submetido a exames para comprovar as causas da morte.
O motorista do veículo, Jerfeson Erivaldo da Silva Nascimento, foi preso logo depois e contou que recebeu R$ 100 de um ex-namorado da fisioterapeuta para ocultar o corpo dela. Ele não deu detalhes sobre as circunstâncias da morte de Larissa e depois entrou em contradição nos depoimentos.
O delegado Adelson Candeo, responsável pelas investigações, disse que investiga o envolvimento do ex-namorado da vítima, que chegou a ser ouvido e foi liberado. Por enquanto, a suspeita é que Silva tenha invadido a casa da vítima para roubá-la, a assassinou e fugiu levando o carro dela e o corpo.
“Esse carro era dela, estava na garagem. Os objetos que estavam dentro também eram pertences dela. Acreditamos na possibilidade de ter entrado na casa para fazer um furtar, acabou progredindo para um estupro e retirou o corpo do local para evitar provas”, contou o investigador.
Nenhuma ligação com a vítima
Silva é natural do Rio Grande do Norte e cumpria pena pelo crime de roubo. O delegado ressaltou que ele não tinha nenhum tipo de relacionamento com Larissa. “Ninguém mais esteve na casa da vítima neste dia. Ele foi o único a ser visto saindo da casa”, disse Candeo.
O delegado informou, ainda, que a polícia apura se a fisioterapeuta foi violentada sexualmente, já que uma análise inicial identificou a presença de material genético masculino no corpo dela. Caso o DNA comprove a questão, Silva poderá ser indiciado, além da morte, pelo crime de estupro.
A defesa do suspeito não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.