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Quinta, 04 de dezembro de 2025

PF fecha loja e depósito usados por quadrilha que movimentou R$ 43 milhões

Operação Uxoris mira esquema de contrabando revelado após denúncia da ex-mulher do líder.

03 de dez 2025 - 09h:14 Créditos: Redação, com informações do Midiamax
Crédito: Pietra Dorneles

A Polícia Federal interditou, na manhã desta quarta-feira (3), uma loja de assistência técnica e um depósito usados para o contrabando de eletrônicos em Campo Grande. As ações fazem parte da Operação Uxoris, deflagrada pela PF em conjunto com a Receita Federal, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz).

Segundo apurado pelo Jornal Midiamax, os estabelecimentos — um localizado na Avenida Afonso Pena e outro na Rua Azulão, no Jardim Nhanhá — foram fechados após as investigações apontarem ligação com uma organização criminosa que movimentou cerca de R$ 43 milhões em mercadorias contrabandeadas. Em um dos locais, três celulares foram apreendidos.

Além do contrabando, o grupo é investigado por lavagem de dinheiro, organização criminosa, descaminho e crimes relacionados ao sistema financeiro. No total, nove mandados de busca e apreensão são cumpridos em Mato Grosso do Sul e São Paulo, sendo ao menos seis deles na capital sul-mato-grossense.

 

Como começou a investigação

 

A investigação teve início após a ex-mulher do líder do grupo denunciar o uso indevido de seus documentos pessoais na criação de empresas “de fachada” usadas pela quadrilha. Dos R$ 43 milhões movimentados pelo esquema, R$ 18 milhões teriam passado diretamente pelas contas do chefe da organização, conforme apurado pela reportagem.

A PF identificou que o grupo atuava com importação fraudulenta de grandes quantidades de eletrônicos e acessórios — como capas de celular — sem documentação fiscal. Os produtos eram distribuídos para todo o país por meio de marketplaces e lojas físicas em Campo Grande.

 

Modus operandi

 

Durante as apurações, a polícia descobriu que a quadrilha utilizava o método conhecido como “dólar-cabo” para pagar fornecedores no exterior, realizando remessas ilegais de dinheiro por meio de compensações financeiras irregulares. O grupo ainda praticava dissimulação e ocultação da origem ilícita dos valores obtidos com os crimes.

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