Crédito: Reprodução Assassinato cometido na noite deste domingo (4) em Dourados, pode ter vitimado a pessoa errada. Fabrício de Souza dos Santos, conhecido como “Graxa”, de 21 anos, foi morto a tiros na região do Bosque do Canaã I, e a família suspeita que ele tenha sido executado por engano, no lugar de um amigo que estava sendo ameaçado.
Segundo boletim de ocorrência, Fabrício saiu de casa por volta das 17h acompanhado de Kaio Rondinei Rafael de Jesus, que pilotava uma motocicleta Biz branca. Por volta das 19h14, a irmã de Fabrício recebeu uma ligação informando que ele havia sido baleado nas proximidades de um supermercado. Ferido, foi socorrido pelo Samu e levado ao Hospital da Vida, onde teve a morte confirmada às 20h50.
Informações repassadas à família indicam que o verdadeiro alvo do ataque seria Kaio. No mesmo dia, ele teria se envolvido em uma briga com a ex-companheira, uma adolescente de 16 anos, que acionou a polícia. O conflito familiar teria motivado represálias por parte de parentes da jovem.
Ameaças antes do crime - Testemunhas relataram à Polícia Civil que Patrick Felipe de Souza Gates foi até a casa onde Kaio e Fabrício estavam e os ameaçou. Segundo uma prima de Kaio, Patrick teria agido por ciúmes, acusando os dois de envolvimento com sua namorada.
Horas após o homicídio, Patrick se apresentou espontaneamente na delegacia, acompanhado de uma advogada, e confessou o crime. Durante o registro da ocorrência, foi constatado que havia contra ele um mandado de prisão em aberto na comarca de Campo Grande pelo crime de tráfico de drogas. Ele ficou preso, enquanto o homicídio continua sob investigação.
Homicídio - Após ser atingido pelos disparos, Fabrício ainda tentou fugir pilotando sua motocicleta, mas caiu na Rua Ponta Porã. Mesmo gravemente ferido, tentou se levantar, mas caiu novamente e permaneceu no local até a chegada do socorro.
A motocicleta usada por ele, uma Honda CG Titan vermelha com placa de Nova Alvorada do Sul, foi apreendida pela polícia por apresentar sinais de adulteração na numeração do motor. A perícia não conseguiu determinar o calibre da arma usada, já que o local exato do ataque não foi identificado.
O paradeiro de Kaio continua desconhecido. A mãe dele teria informado a conhecidos que o filho fugiu para a cidade de Rio Brilhante, mas a informação ainda não foi confirmada.
A Polícia Civil investiga se Fabrício foi, de fato, morto por engano.
