A recuperação do dólar e a queda nos preços internacionais do petróleo pressionaram e fizeram os contratos futuros do açúcar atingirem uma baixa significativa nas bolsas internacionais, a maior desvalorização em um mês, segundo noticiaram as agências de notícias.
"Um dólar forte torna o açúcar cotado na moeda norte-americana mais caro para os detentores de outras divisas, enquanto o recuo no petróleo tende a favorecer a produção do adoçante nas usinas de cana do Brasil, em detrimento do etanol", trouxe a Reuters em sua análise diária das commodities.
Em Nova York, na Ice, o vencimento outubro/20 recuou 37 pontos, comercializado em 12.07 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela para março/21 caiu 38 pontos, negociada em 12.74 cts/lb. As demais telas recuaram entre 18 e 36 pontos.
Londres acompanhou a bolsa americana e viu todos os lotes do açúcar branco fecharem em baixa nesta quinta-feira. Os contratos com vencimento em outubro/20 recuaram 5,50 dólares no comparativo com a véspera, comercializados em US$ 353,60 a tonelada. Já a tela para dezembro/20 foi comercializada em US$ 357,50 a tonelada, queda de 5,80 dólares. Os demais lotes caíram entre 4,70 e 7,60 dólares.
Ainda segundo a Reuters, "traders disseram que parece haver uma demanda física limitada, por isso o desconto para os futuros de outubro em relação ao contrato de março. Eles acrescentaram que mais perdas são prováveis se o dólar continuar a melhorar".
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal teve sua 13ª alta seguida nesta quinta-feira (3) pelo indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi comercializada em R$ 85,46, alta de 0,08% no comparativo com a véspera.
Etanol diário
O etanol hidratado voltou a subir após um dia de baixa. Nesta quinta-feira o biocombustível foi comercializado em R$ 1.873,50 o metro cúbico, alta de 0,19% no comparativo com a véspera, segundo o indicador Esalq/BM&F Bovespa, Posto Pauinia.