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Segunda, 23 de dezembro de 2024

Vereador denuncia médico que disse que vai deixar morrer os eleitores do Lula

Em áudio atribuído ao clínico geral Ygor José Saraiva, o médico diz que quem votou no Lula é bandido

04 de nov 2022 - 10h:18 Créditos: Correio do Estado
Crédito: Divulgação

O vereador Josenildo Ceará (PT) protocolou denúncia junto ao Ministério Público para investigar atitude de um médico que disse que não vai atender eleitores que votaram Lula.

O motivo da denúncia vem do teor de ódio no discurso do médico clínico geral Ygor José Saraiva, por afirmar que “Lula é bandido e quem votou nele, bandido é”.

Em áudio de whatsapp vazado, o médico afirma que vai deixar morrer todo e qualquer petista que precisar de atendimento.

O caso aconteceu esta semana no município de Nova Andradina, que está localizado a 298 km de Campo Grande. O médico Ygor José Saraiva atende no Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba.

Em Nova Andradina, Jair Bolsonaro (PL) foi o candidato mais votado para a Presidência da República. Ele recebeu 14.648 votos, o equivalente a 58,57% do total da cidade.

Já Lula (PT) foi a escolha de 41,43% dos eleitores e recebeu 10.360 votos. Esses eleitores entraram em pânico depois das animosidades do médico.

Além do Ministério Público, o vereador Josenildo Ceará informou que a denúncia também foi feita à direção do hospital e fará o mesmo junto ao Conselho Regional de Medicna (CRM).

O médico Ygor José Saraiva não negou as acusações, mas se defendeu da denúncia nas redes sociais. Confira as palavras dele na íntegra:

“Eu nunca deixei ninguém sem atendimento médico independente de cor, raça, gênero e opção política. Meu trabalho fala por mim e sempre vai falar, pois desde que me formei sempre dei o melhor de mim para com meus pacientes. Se alguém quiser pensar ou achar ao contrário, é só me acompanhar ou pegar os meus atendimentos”.

Questionado sobre os áudios, Ygor José Saraiva disse: “E sobre esses áudios se são meus, a única resposta que posso dar e para a pessoa que tiver alguma dúvida do meu serviço, é puxar a minha história como médico. E tenha certeza que nunca fiz distinção de nenhuma pessoa que me procurou tanto no meu período de serviço e até mesmo nos meus dias de folga. Faço meu trabalho da melhor forma possível, vou continuar cada vez me empenhando mais. Não faço e nunca vou fazer distinção de ninguém”.

Nos áudios, que também estão arquivados no Correio do Estado, o médico – no apogeu do discurso de ódio – ainda dispara uma série de palavras de baixo calão. “Quem vota em bandido, tem que tomar tomar no...E quem não gostar pode vir falar comigo”. 

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