O governo do presidente Jair Bolsonaro está abrindo espaços em ministérios e em cargos estratégicos para que congressistas apoiem os candidatos do Palácio do Planalto nas disputas em 1º de fevereiro do ano que vem, a principal meta é tirar do posto na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na avaliação de auxiliares do presidente, ele não vai “repetir o erro” de 2019 de não interferir na eleição da Câmara.
O governo quer que deputado federal Arthur Lira (PP-AL) fique no lugar Maia ou o candidato escolhido pelo grupo dele.
Já no Senado, auxiliares acreditam que o Planalto possa manter Davi Alcolumbre (DEM-AP), candidato que já contou com o apoio ano passado, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) permita a reeleição.
Ao intensificar as negociações, surgiram iniciativas de se fazer uma reforma ministerial para poder distribuir cargos aos partidos que ajudarem a eleger Lira.
Segundo auxiliares de Bolsonaro, parlamentares pediram a recriação do Ministério do Esporte, que seria oferecido ao grupo formado por PSL, PTB e Pros.
O bloco soma 62 deputados e, caso conquistasse a pasta, sairia da alçada de Maia para apoiar Lira à presidência.
Se o acordo for selado, o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), que hoje conversa com Maia, mudaria de lado.