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Domingo, 08 de junho de 2025

Cruz Vermelha diz que retirada de civis da Ucrânia não começa neste sábado

Já o Ministério da Defesa russo alega que “forças russas foram atacadas depois de estabelecer os corredores humanitários” e acusou “nacionalistas ucranianos” de impedir a retirada de civis.

05 de mar 2022 - 11h:09 Créditos: CNN
Crédito: CNN

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que é o garantidor da evacuação de civis com o cessar-fogo da Rússia contra a Ucrânia, informou que a retirada de pessoas Mariupol e Volnovakha, ambas na Ucrânia, não começarão neste sábado (5) por causa do conflito. A Ucrânia acusa a Rússia de violar o cessar-fogo e anunciou o adiamento da retirada de civis de Mariupol neste sábado. Na madrugada deste sábado o ministério da Defesa da Rússia anunciou, o cessar-fogo nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovakha para permitir a liberação de corredores humanitários para a fuga de civis. Mas, Pavlo Kyrylenko, governador da região de Donetsk, no leste ucraniano, publicou em seu perfil no Twitter às 12h45, no horário local: “EVACUAÇÃO DA POPULAÇÃO PACÍFICA DE MARIUPOL  ADIADA!”

“Devido ao fato de que os russos não observam o regime de silêncio e continuam bombardeando Mariupol e seus arredores, por razões de segurança, a evacuação da população foi adiada”, acrescentou.

Já o Ministério da Defesa russo alega que “forças russas foram atacadas depois de estabelecer os corredores humanitários” e acusou “nacionalistas ucranianos” de impedir a retirada de civis.

O presidente Vladimir Putin disse também se manifestou neste sábado (5) e afirmou que as sanções aplicadas por países ocidentais contra a Rússia são semelhantes a uma “declaração de guerra” e alertou que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia equivaleria a entrar no conflito. O líder russo reafirmou que objetivos na Ucrânia são defender as comunidades de língua russa através da “desmilitarização e desnazificação” do país para que se torne neutro.

Corrida por salvação

Equipes e voluntários correm contra o tempo para conseguir retirar os moradores das duas cidades. A situação nas cidades é “assustadora”, disse uma voluntária à CNN. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que o número de refugiados ucranianos pode chegar a 1,5 milhão neste fim de semana. De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), mais de 1,2 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia fugindo do conflito. A maior parte dos refugiados cruzou a fronteira para a Polônia.

De acordo com o governo russo, a interrupção dos ataques e bombardeios teve início às 10h no horário de Moscou (04h pelo horário de Brasília), e servirá para que civis fujam da Ucrânia com segurança.

Este é, até o momento, o primeiro cessar-fogo feito pelo exército da Rússia desde que as tropas do país começaram a invasão da Ucrânia no dia 24 de fevereiro.

Em comunicado, o ministério de Defesa russo afirmou que os “corredores humanitários e rotas de saída foram acordados com o lado ucraniano”. Mykhailo Podoliak, chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que os corredores de evacuação estão sendo preparados em regiões do país.

Autoridades da cidade disseram que os dois lados concordaram que os ucranianos terão cinco horas para cruzarem os corredores humanitários enquanto os disparos estiverem interrompidos.

Na última quinta-feira (3), em um encontro para negociações entre os dois países, representantes da Ucrânia e da Rússia já haviam concordado com os corredores humanitários — locais que não seriam alvos de ataques russos e serviriam para a passagem de refugiados e recursos.

Zelensky critica Otan

Em uma publicação nas redes sociais na última sexta-feira (4), o presidente da UcrâniaVolodymyr Zelensky, condenou a decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de descartar a implementação de uma zona de exclusão aérea sobre o país. “A Otan decidiu deliberadamente não cobrir os céus da Ucrânia”, disse.

“Acreditamos que os países da Otan criaram uma narrativa de que fechar os céus sobre a Ucrânia provocaria a agressão direta da Rússia contra a Otan. Essa é uma auto-hipnose de quem é fraco, inseguro por dentro, apesar de possuir armas muitas vezes mais fortes do que nós temos”, continuou.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que atender ao pedido poderia significar uma guerra de direitos na Europa.

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