Crédito: Francisco Avia/Hospital Clínic Barcelona O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta 6ª feira (5.mai), que a pandemia de covid-19 ainda não acabou, apesar do anúncio feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou", disse Lula em suas redes sociais.
A declaração do mandatário vem logo após a decisão da OMS de definir a covid-19 como "um problema de saúde estabelecido e contínuo que não constitui mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional". O anúncio foi feito na manhã de hoje, pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom.
Na publicação, feita em seu perfil no Twitter, Lula relembrou os mais de 700 mil brasileiros mortos pela doença. Para ele, "metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista", em uma referência a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia. Desde o início, o ex-presidente minimizou os impactos da pandemia e, por diversas vezes, questionou a eficácia da vacina contra covid-19.
Lula lembrou, ainda, que o antigo governo incentivou os brasileiros a tomarem remédios sem eficácia comprovada contra a doença. Enquanto esteve na presidência, Bolsonaro defendeu o uso da hidroxicloroquina como tratamento precoce, mesmo com estudos comprovando a ineficácia do medicamento.
Por fim, o presidente -- que está em Londres para a coroação do Rei Charles III -- pediu para que os brasileiros tomem as doses de reforço e estejam com o esquema vacinal completo. O Ministério da Saúde liberou, em 24 de abril, o reforço com a vacina bivalente contra a covid-19 para todas as pessoas acima de 18 anos. O objetivo é reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país.
