Crédito: Claudinho Serra na Câmara Municipal de Campo Grande. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) deflagraram nesta quinta-feira (5) a 4ª fase da Operação Tromper, que investiga fraudes em contratos públicos da Prefeitura de Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul. Os prejuízos estimados chegam a R$ 20 milhões.
A ação resultou no cumprimento de três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em Campo Grande e Sidrolândia. Entre os presos está o ex-vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), apontado pelo Ministério Público como líder do esquema. Mesmo monitorado por tornozeleira eletrônica desde fases anteriores da operação, ele teria continuado a comandar as ações fraudulentas.
Também foram presos Carmo Name Júnior, ex-assessor de Claudinho, e o proprietário de uma construtora contratada pela prefeitura. As investigações indicam que o grupo cobrava propinas de 10% para firmar novos contratos e 30% para mantê-los ativos. Os alvos principais das fraudes eram licitações de obras públicas e serviços de pavimentação.
Os contratos investigados, segundo o MPMS, foram firmados entre 2021 e 2023, e envolvem empresas que venceram processos licitatórios supostamente direcionados. Parte do dinheiro desviado seria lavada por meio da abertura de empresas em nome de laranjas.
A operação contou com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Choque e Força Tática da Polícia Militar.
