O prêmio Nobel de Medicina de 2020 foi para a descoberta do vírus da hepatite C, feita pelos pesquisadores Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice.
Segundo o Nobel, a descoberta permitiu que "pela primeira vez na história, a doença causada pelo vírus da hepatite C pudesse ser curada".
Antes do trabalho do trio de cientistas, e apesar de os vírus da hepatite A e B já terem sido identificados, a maioria dos casos da doença transmitida pelo sangue permaneciam sem explicação.
"A descoberta do vírus da hepatite C revelou a causa dos casos restantes da doença crônica e possibilitou exames de sangue e novos medicamentos que salvaram milhões de vidas", afirmou o comitê organizador do prêmio.
O nova-iorquino Harvey J. Alter, do Instituto Nacional de Saúde, dos Estados Unidos, e seus colegas foram os responsáveis por mostrar, no fim dos anos 70, que o sangue de pacientes com hepatite pode transmitir a doença a chimpanzés, o único hospedeiro suscetível além dos humanos.
Estudos subsequentes também demonstraram que o agente infeccioso desconhecido tinha características de um vírus. As investigações metódicas de Alter encontraram uma forma nova de hepatite viral crônica. A doença misteriosa ficou conhecida como hepatite “não A, não B”.