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Sábado, 19 de outubro de 2024

CCZ realiza ação em bairro após 8 casos confirmados de raiva em morcego em MS

A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos

05 de out 2023 - 15h:34 Créditos: G1
Crédito: Marília de Sousa Pereira / Divulgação Vigilância em Saúde

Nesta quinta-feira (5) e sexta-feira (6), equipes da Coordenadoria de Controle Zoonoses (CCZ) irão realizar ação de bloqueio contra Raiva no Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, região do Tiradentes, em Campo Grande. A ação ocorre após a confirmação de mais um morcego positivo para raiva, esse é oitavo caso registrado neste ano na Capital.

Conforme a médica veterinária da CCZ, Maria Aparecida Conche Cunha, a ação consiste na vacinação de animais ainda não imunizados contra a doença e a orientação dos moradores em relação aos cuidados necessários. Ela reforça a importância de receber os agentes e manter a vacinação dos animais para evitar a doença.

“A vacinação é a única forma de proteção contra a doença. Incurável nos animais e fatal em 100% dos casos, a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos”, disse.

No ano passado, foram registrados apenas dois casos de Raiva em morcegos em Campo Grande.

O último caso de raiva humana no município foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último surto ocorreu 1988. Após 23 anos, ocorreu um caso isolado em 2011 de raiva canina, cujo cão adquirira a doença por meio do contato com um morcego contaminado com o vírus.

Orientações

A orientação é que ao encontrar um um morcego na residência ou quintal (vivo ou morto) deve isolar o animal com um pano, balde ou caixa sobre ele e entrar em contato com o CCZ por telefone.

É necessário ainda evitar que os animais de estimação tenham contato com o morcego e manter em dia a vacinação antirrábica anual em cães e gatos.

Se uma pessoa entrar em contato direto com morcego ou for mordido por algum animal doméstico ou silvestre, deve procurar, imediatamente, a unidade de pronto atendimento (UPA/CRS) mais próxima.

Vacinação antirrábica

Em julho deste ano, teve início em Campo Grande a Campanha Anual de Vacinação Antirrábica. A meta é imunizar 80% da população estimada em 287.768 cães e gatos, mantendo assim o controle da doença em Campo Grande.

As doses são gratuitas e protegem os animais contra a raiva, que é fatal. Paralelamente também será realizado o novo censo para contabilizar o número de animais na Capital. As equipes trabalharão realizando a contagem e vacina concomitantemente.

Ao longo da campanha os servidores irão percorrer as sete regiões urbanas e distritos do município, seguindo um cronograma pré-estabelecido. Desde 2005 é feito o trabalho de vacinação de casa em casa.

Para receber a vacina o cão ou gato deve ter no mínimo três meses de idade e estar saudável. “Não há outras contraindicações à vacina antirrábica, inclusive ela é a única vacina obrigatória, conforme estabelecido em lei”, enfatiza a médica veterinária.

Apesar de não haver novos casos de raiva em cães e gatos há mais de uma década, a vacina antirrábica é obrigatória em todo território nacional e Campo Grande é vigilante na cobertura vacinal de cães e gatos, haja visto ser uma área com morcegos diagnosticados positivos para a doença.

“Estes animais são parte da fauna sinantrópica urbana e isso nos traz o alerta de que, embora esteja controlada nos nossos pets, esta doença permanece circulante em outros mamíferos e não pode ser negligenciada pelos tutores”, diz.

É imprescindível a colaboração de todos os tutores de cães e gatos, recebendo os agentes do CCZ que estarão executando suas atividades desta forma também cuidando da saúde da população humana.

Os servidores estarão uniformizados e portando crachá de identificação funcional. Caso o morador desconfie de alguma atitude suspeita ou queira tirar alguma dúvida sobre a ação o órgão disponibiliza o número 67 3313-5000.

Ponto fixo de vacinação no CCZ

Caso o tutor não esteja em casa no momento em que a equipe estiver no bairro será deixado um comunicado para que o tutor leve o animal ao CCZ para a aplicação da vacina antirrábica.

O órgão funciona aos sábados, domingos e feriados, das 07h às 21h (segunda a sexta) e das 06h às 22h (sábados, domingos e feriados). O CCZ está localizado na Avenida Filinto Muller, 1601 – Vila Ipiranga.

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