Cogitado em duas siglas para a disputa do Executivo estadual em 2022, o nome da deputada federal Rose Modesto (PSDB) volta a concentrar atenção nesta sexta-feira (5), quando o Podemos realiza em Campo Grande o 1º Encontro das Executivas Municipais do partido em Mato Grosso do Sul, com a presença de nomes nacionais.
Várias lideranças da legenda se encontram reunidos nesta manhã para discutir os rumos que vão seguir em 2022 - o Podemos anunciou recentemente a vinda de Sérgio Moro para a sigla, para concorrer a Presidência da República.
“A filiação dele vai acontecer no próximo dia 10, lá em Brasília (DF)”, confirma o presidente regional do Podemos, Sérgio Murilo, que aproveitou o ensejo ao lado do secretário nacional da sigla, Bruno Ornelas, e do coordenador político regional do partido, Luiz França, para falar sobre um possível reforço.
No caso, se trata da deputada Rose Modesto, que com ela também traria seu irmão, o deputado estadual Rinaldo Modesto, também no PSDB atualmente. Em 2020, nas eleições para prefeito, ambos apoiaram, com direito a carreata pelos bairros da cidade, Sidneia Tobias (Podemos), ao invés de seguir os tucanos com Marquinhos Trad (PSD).
“Estamos insistindo nisso há mais de dois anos. Venho encampando essa tese que é trazer a Rose Modesto para ser candidata a governadora pelo Podemos”, destaca Murilo ao falar sobre a deputada ser o plano A da sigla para concorrer ao Executivo estadual.
Contudo, ele também falou sobre uma possível ida da parlamentar para o União Brasil, à convite da senadora e presidente local do PSL, Soraya Thronicke, que deve assumir o comando da nova sigla assim que oficializada a fusão com o DEM - contudo, há resistência daqueles que aguardam indicação da ministra Tereza Cristina.
“Há uma discussão sobre a ida dela para o União Brasil, a convite da Soroya. O Podemos não precisa de protagonismo, precisa de uma candidata competitiva. E o protagonismo do União Brasil é maior, mas o objetivo conjunto é um só, fazer com que o resultado seja a vitória de Rose Modesto”, destaca o ex-secretário estadual Sérgio Murilo.
Sérgio ainda aponta que não há vaidade do Podemos na questão e que a sigla e sua militância estará empenhada na questão. “Não importa que será pelo Podemos ou outro partido. O que importa é que a Rose seja candidata a governadora”, finaliza. Quem também comenta a situação de Rose são Luiz França e Bruno Ornelas.
“Não há uma definição, mas existe esse projeto de ocupação de espaço. Cada Estado terá autonomia para definir seus candidatos”, explica Ornelas, seguido por França. “Podemos fez o convite à Rose, e outros convites foram feitos, é normal”.
Força de Moro - Luiz França ainda ressaltou a importância de Sérgio Moro se filiar ao Podemos para concorrer à presidência da República. “Ele vai angariar apoio, é um nome de relevância nacional e que fortalece os projetos regionais”, destaca.
Em Mato Grosso do Sul a missão é eleger deputados federal e estadual, e formar chapa forte para disputar o Governo do Estado, confirma França. Por ora, o único nome confirmado como pré-candidato é o de Sidneia Tobias, que deve concorrer à uma cadeira na Câmara Federal em outubro do ano que vem.
“Eu pretendo continuar como vereador, mas sou um soldado do partido”, frisa o vereador Ronilço Guerreiro, que tem mandato garantido na Câmara Municipal até 2024, ao lado de dois colegas de sigla, José Luna Neto (Zé da Farmácia) e Clodoilson Pires.
Além dos nomes citados, o Podemos ainda conta em seu quadro com o ex-vereador, um dos mais votados em 2016 e candidato a vice-prefeito de Sérgio Harfouche em 2020, André Salineiro. Por ora, não a informação se ele é pré-candidato. Em outras oportunidade, Rose negou saída do PSDB - se ocorrer, será apenas na janela de abril de 2022.