Crédito: Divulgação O Fundo Clima Pantanal, criado oficialmente em fevereiro deste ano para apoiar fazendeiros que preservam a vegetação nativa, vai repassar quase R$ 3 milhões a ONGs que atuam no combate a incêndios e no resgate de animais silvestres na região. Os recursos correspondem a cerca de 7,3% dos R$ 40 milhões previstos para o primeiro ano de vigência do programa.
Os beneficiados incluem o Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), que receberá R$ 1,438 milhão para três projetos voltados à ampliação da Base de Resgate Técnico Animal (BARTA), ao monitoramento de focos de incêndio e à manutenção da Brigada Alto Pantanal; o SOS Pantanal, que terá R$ 996 mil para fortalecer brigadas comunitárias e implementar manejo integrado do fogo em áreas rurais; e o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil, que receberá R$ 497,5 mil para capacitar brigadas no resgate e atendimento de fauna atingida por incêndios.
Os acordos foram assinados nos dias 3 e 4 de novembro e preveem execução dos projetos até 31 de dezembro do próximo ano, mesmo em um período recente de chuvas históricas na região.
O fundo e o subprograma PSA Bioma Pantanal – Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PSA Brigadas) foram criados após o aumento do desmatamento na região, atribuído à flexibilização da legislação estadual de 2015. Dados do INPE indicam que, neste ano, os incêndios afetaram 89 mil hectares, uma queda de 95% em relação a 2022, quando a seca severa devastou 1,767 milhão de hectares do Pantanal.
Apesar de o fundo ter sido concebido para reduzir o desmatamento, os recursos destinados às ONGs concentram-se exclusivamente em prevenção de incêndios e proteção da fauna, não contemplando diretamente ações de preservação de vegetação nativa.
