
A empresa chinesa Sinovac, desenvolvedora da vacina para Covid-19 que será produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo estadual de São Paulo, envolveu-se em casos de suborno ao governo chinês.
A informação foi revelada nesta sexta-feira (4) em reportagem do jornal americano Washington Post.
Segundo a publicação, que teve acesso a registros de tribunais chineses, o fundador e CEO da empresa, Yin Weidong, admitiu ter repassado mais de US$ 83 mil em propina para um funcionário da agência reguladora chinesa, Yin Hongzhang, e também para sua esposa, entre 2002 e 2011.
O caso foi julgado em 2016. Não foram revelados problemas ocorridos depois dessa data.
Hongzhang foi condenado e preso em 2017, mas, devido a um acordo com a justiça chinesa, Weidong permaneceu em liberdade e continua comandando a companhia.
O jornal afirma que o executivo cooperou com promotores e argumentou que o pedido de suborno partiu da autoridade governamental.