Policiais penais acabaram presos temporariamente, na manhã desta quinta-feira (6), por policiais do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), durante a deflagração da operação ‘La Catedral’ pelos crimes de corrupção e favorecimento de entrada de celulares em presídios. A operação foi em conjunto com a Corregedoria-Geral da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
Sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Ponta Porã. Ao todo, foram presos cinco agentes penais. As investigações descobriram a existência de uma organização criminosa, que era composta por policiais penais envolvidos com concussão, corrupção passiva, favorecimento para entrada de celulares e outros objetos.
Durante as investigações, foram apreendidas bebidas alcoólicas, celulares, drogas e dinheiro dentro das celas. Também estão sendo apuradas as circunstâncias de fuga de dois internos, que apontam envolvimento de funcionários públicos após o recebimento de propina. Os presos foram encaminhados para a capital, onde temporariamente ficarão custodiados no Centro de Triagem.
Em 2021, chegou ao conhecimento da Direção-Geral e da Corregedoria a ocorrência de apreensão de grande quantidade de bebidas em uma das celas da Unidade Penal Ricardo Brandão. Dois dias depois desse caso, houve a fuga de presos supostamente envolvidos.
Assim, a Corregedoria iniciou então uma Correição Extraordinária que resultou na coleta de informações quanto a supostas irregularidades que estariam ocorrendo dentro da unidade penal. A agência penitenciária já havia adotado medidas administrativas cabíveis, com afastamento dos envolvidos do trabalho na unidade penal, desde a identificação das condutas irregulares.
O nome da operação 'La Catedral' faz referência à Penitenciária "construída" na Colômbia pelo narcotraficante internacional Pablo Escobar que era cheia de luxos e mordomias.