
Dezenas de integrantes do PCC foram mortos por policiais militares nos chamados casos de "resistência seguida de morte". Em represália a essas ações, o crime organizado fez um levantamento de endereços de PMs e saiu matando muitos deles, aleatoriamente. Há quem diga nos meios advocatícios e no sistema prisional que no ano de 2012, muitos faccionados do PCC foram vítimas de flagrante forjado de tráfico de drogas e armas e alguns acabaram torturados e assassinados e os casos foram registrados como "morte decorrente de intervenção policial".
Para o Ministério Público, em 2012, a liderança do PCC presa na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) divulgou um "salve" (mensagem) determinando o assassinato de policiais militares "em clara demonstração de desafio ao poder". Segundo o MP-SP, a ordem foi em represália ao combate que as forças de segurança pública vinham travando com integrantes da facção criminosa em liberdade. O "salve" - de acordo com o MP-SP - dizia que para cada bandido morto em confronto, dois policiais militares deveriam ser assassinados. Para promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), o "salve" foi atendido pelos faccionados e resultou nas mortes de 106 policiais militares.
No ano de 2012, São Paulo foi palco de uma das mais sangrentas guerras entre o PCC e a PM. Roberto Soriano, conhecido como "Tiriça", integrante do PCC, em foto de 2013 , o Tiriça, um dos líderes do PCC preso à época na P-2 de Presidente Venceslau, foi acusado de ter mandado levantar endereços e ter dado a ordem para a matança de policiais militares. Por conta disso, como castigo, em novembro de 2012, ele foi removido para presídio federal. Ele negou as acusações. Um ano antes, PMs da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da corporação, invadiram um sítio de Tiriça, em Itatiba (SP). Três parceiros do líder do PCC, entre eles Ilson Rodrigues de Oliveira, o Teia, foram mortos. Os militares alegaram que houve troca de tiros. Era o início do conflito.
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