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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Janela partidária abre amanhã e vereadores podem abandonar partidos

O último prazo de filiação partidária para se candidatar em 2024 é o dia 6 de abril, ou seja, seis meses antes da eleição, de forma que muitos políticos e lideranças que hoje estão filiadas a determinada legenda acabarão $eduzido$ por partidos com maior estrutura e com mais recursos no Fundo Eleitoral de 2024.

06 de mar 2024 - 22h:07 Créditos: Malagueta MS
Crédito: Ilustrativa

A janela partidária começa amanhã e vai até o dia 5 de abril, período em que será possível a desfiliação partidária para mudança de legenda por vereadoras e vereadores que queiram disputar a eleição de 6 de outubro por outro partido ou que pretendam concorrer ao cargo de prefeito. O último prazo de filiação partidária para se candidatar em 2024 é o dia 6 de abril, ou seja, seis meses antes da eleição, de forma que muitos políticos e lideranças que hoje estão filiadas a determinada legenda acabarão $eduzido$ por partidos com maior estrutura e com mais recursos no Fundo Eleitoral de 2024. Em Dourados, por exemplo, a expectativa é de dança biruta das cadeiras na Câmara de Vereadores, já que serão poucos aqueles que continuarão na mesma legenda pela qual foram eleitos em 2020. O cenário onde o Democratas elegeu 4 vereadores; o MDB elegeu 2; o PSDB também 2; o PTB outros 2; o Solidariedade 2; o Patriota 1; o Podemos 1; o Progressista 1; o PSB 1; o PSD 1; o PT 1 e o Republicanos 1; não se repetirá nas eleições deste ano, quando cerca de 180 mil eleitores estarão aptos a irem às urnas escolher 21 novos vereadores, além do prefeito. Uma coisa é certa: apesar de ter elevado de 19 para 21 o número de cadeiras na Câmara Municipal, a renovação no Poder Legislativo de Dourados deverá ser considerável, já que dos atuais vereadores um reduzido número reúne condições de continuar legislando.


Remember Eleitoral

Rememore a votação recebida pelos atuais vereadores em 2020 e analise quem terá condições de elevar o sarrafo ou perderá votos: Jânio Miguel (PTB) foi o mais votado com 1.894 votos, seguido por Lia Bernardo Nogueira (PP) com 1.880 votos e não estará na disputa neste ano porque acabou eleita deputada estadual em 2022. A terceira mais votada foi Liandra da Saúde (PTB), com 1.806 votos. Ela surfava na onda de assessora polivalente da então prefeita Délia Razuk e não terá os votos da madrinha para lhe ajudar neste ano, além de ter apresentado um mandato pífio.

Eleitoral Remember

O quarto mais votado foi Elias Ishy (PT), com 1.772 votos e que agora disputa a indicação para ser o candidato petista à sucessão do prefeito Alan Guedes. Na sequência aparece Mauricio Lemes (PSB) com 1.728 votos, seguido por Marcio Pudim (DEM) com 1.698 votos e Juscelino Cabral (DEM) com 1.635 votos. As urnas de 2020 também elegeram Olavo Sul (MDB) com 1.562 votos, seguido por Rogerio Yuri (PSDB) com 1.414 votos, Laudir Munaretto (MDB) com 1.329 votos e Marcelo Mourão (Podemos) com 1.315 votos.

Resultados das Urnas

Em 2020 também foram eleitos Sergio Nogueira (PSDB) com 1.299 votos, seguido por Fabio Luis (Republicanos) com 1.224 votos, Diogo Castilho (DEM) com 1.105 votos, Daniel Junior (Patriota) com 1.095 votos, Creusimar Barbosa (DEM) com 1.042 votos, Daniela Hall (PSD) com 991 votos, Marcão da Sepriva (Solidariedade) com 937 votos, Cemar Arnal (Solidariedade) com 926 votos. Voltamos agora à pergunta inicial: quais desses eleitos em 2020 terão condições de repetir ou  aumentar a votação em 6 de outubro deste ano? Nem precisa de bola de cristal para constatar que mais da metade dessa lista não fez por merecer um novo mandato em 2024, razão pela qual é natural crer que a renovação será considerável.

Dança das Cadeiras

As apostas que dominam as padarias douradenses, sobretudo aquelas que reúnem as bocas malditas, revelam que a partir de amanhã as cadeiras vão dançar com força na Câmara Municipal de Dourados, garantindo ao prefeito Alan Guedes uma chapa de peso na disputa proporcional para ajuda-lo na disputa majoritária. É dada como certa a migração do vereador Cemar Arnal para o Partido Progressista, deixando o Solidariedade à deriva já que o vereador Marcão da Sepriva deve seguir o mesmo destino. Isso se o padrinho Vander Loubet (PT) mantiver a parceria com a atual administração.

Cadeiras Dançantes

Quem também vai aderir ao partido do prefeito Alan Guedes é a vereadora Daniel Hall, que abandonará de vez a legenda dos Trad em busca de um terceiro mandato na Câmara Municipal, desta vez turbinada pelo trabalho realizado como secretária municipal de Assistência Social. Outras legendas até tentaram seduzir a loira, mas por fidelidade ao prefeito ela decidiu migrar para o Partido Progressista. A bancada feminina do PP também deve ser reforçada pela vereadora Liandra da Saúde, que não quer nem pensar em abrir mão dos cargos que desfruta na Prefeitura de Dourados. Ainda assim é certo que a moça será vereadora de um mandato só, assim como Creusimar Barbosa, Marcão da Sepriva, Diogo Maria de Penha Castilho, entre outros.

Janela Movimentada

Outro que vai aproveitar a janela partidária para buscar um novo partido é o vereador Marcelo Mourão, que recentemente perdeu o comando do Podemos em Dourados. O destino do ex-narrador de rodeio ainda é incerto, bem como incerta também é sua eleição para mais um mandato. Nas padarias da vida é forte a conversa que o bolsonarista Juscelino Cabral, que tem tudo para ganhar um retrato na galeria dos vereadores de um mandato só, deverá trocar o Democratas pelo Partido Liberal (PL), que em Dourados é comandado pelo deputado federal Rodolfo “Garcette” Nogueira.

Quociente Eleitoral

Com troca-troca de partido ou não, tanto os vereadores atuais quanto aqueles que também correrão atrás das 21 cadeiras na Câmara Municipal de Dourados deverão estar atentos para o quociente eleitoral. Nas eleições de 2024 o município deverá bater a marca de 184 mil eleitores e se todos forem às urnas cada partido precisará de 8.760 votos para eleger um vereador direto e, pelo menos, 13 mil para eleger dois com as sobras partidárias. Como a abstenção nas eleições municipais gira entre 18% e 20%, o quociente ficaria entre 7.000 e 7.180 votos para eleger um vereador, número que pode cair para entre 6.500 e 6.700, dependendo do volume de votos brancos ou nulos.  

Remember Municipal

Nas eleições municipais de 2020, por exemplo, Dourados tinha 164.395 eleitores aptos para o voto, mas exatos 44.386 não apareceram para votar, restando, portanto, 120.009 votantes que, na divisão pelo número de cadeiras na Câmara, geraram um quociente de 5.789 votos, após descontados os nulos e brancos que foram 4.813 e 5.158, respectivamente. Detalhe pequeno: na eleição em que o prefeito Alan Guedes foi eleito com 34.242 votos, exatos 27% dos eleitores douradenses não foram votar e dos 73% que foram às urnas, 13,78% anularam ou votaram em branco. A soma dos que não votaram, anularam ou votaram em branco em 2020 foi de 60.924 eleitores, ou seja, quase o dobro dos votos recebidos pelo eleito.



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