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Terça, 22 de julho de 2025

Após anúncio de reajuste, medicamentos já estão mais caros em Campo Grande

Empresas menores ainda esperam por alteração do PMC para elevar os preços

06 de abr 2022 - 10h:34 Créditos: Mídiamax
Crédito: Imagem Ilustrativa

O aumento de 10,89% no preço dos medicamentos autorizado na última sexta-feira (1) pelo governo federal já afeta as farmácias em Campo Grande. Em uma espécie de ‘período de transição’, os valores são variados e o aumento já foi aplicado em alguns estabelecimentos; outros seguem com preços antigos.

A resolução que torna oficial o reajuste foi assinada por Romilson de Almeida Volotão, secretário-executivo da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Na publicação, o argumento utilizado para justificar os 10,89% de reajuste é a inflação de março, que acumulou um percentual de 10,54% de acordo com o IBGE, somada ao “Fator de Ajuste de Preços Relativos entre Setores', definido pelo Ministério da Economia em 0,35%.

O reajuste no valor já havia sido antecipado pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) causando preocupação entre consumidores, principalmente pacientes que utilizam medicação continua e não podem fugir dos altos preços.

Vania Lucia Ocampos Leite, de 60 anos, é proprietária de uma pequena farmácia localizada no bairro Maria Aparecida Pedrossian e comenta já ter alterado o valor de alguns medicamentos ainda na sexta-feira (1°). Remédios comumente comprados como dipirona e dorflex tiveram o reajuste, de R$ 0,50 e R$ 0,25, respectivamente.

O buscopan, outro medicamento com alta procura, teve um aumento mais significativo e saiu de R$ 17,00 para R$ 27,00. O losartan, utilizado para tratamento hipertensão e de uso contínuo, saiu de R$ 8,90 para R$ 10,00.

Em outra farmácia visitada pela reportagem, onde o proprietário preferiu não se identificar, os aumentos ainda não ocorreram. Segundo o proprietário, ainda é esperado os novos valores estabelecidos pelo PMC (Preço Máximo ao Consumidor) e o reajuste deve ocorrer entre esta semana e a próxima. No estabelecimento o dorflex custa R$ 6,76, o uzonide saiu de R$ 22,00 para R$ 27,00, o buscopan custa R$ 21,26 e o losartan é comercializado por R$ 10,00.

Aumento nacional de medicamentos

Segundo o Sindusfarma, o reajuste não é automático e nem imediato, já que a concorrência entre as empresas é que irá regular os preços. O presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, explica que o consumidor deve pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos.

Vale lembrar que no acumulado dos anos pandêmicos de 2021 e 2020, os medicamentos subiram em média 3,75%, enquanto a inflação geral no Brasil saltou para 15,03%, gerando uma diferença para menos de 11 pontos percentuais.

No mesmo biênio, os alimentos subiram 23,15% e os transportes 22,28%, de acordo com o IBGE, quase 6 vezes mais do que os medicamentos.

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