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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Homem é que matou borracheiro se entregou á Polícia Civil nesta quarta

O homicídio é tratado como homicídio triplamente qualificado.

06 de abr 2022 - 15h:13 Créditos: Linckon Lopes
Crédito: Adilson Domingos

Nesta manhã de quarta-feira (6), Bruno José Feliciano, 21 anos se entregou a Polícia Civil de Dourados, ele estava com pedido de prisão decretada, após ajudar a amante matar o marido dela com 11 facadas. 

Bruno e Mayra de Lima Luna, 22, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul no dia 3 de março por homicídio triplamente qualificado pelo assassinato do borracheiro Douglas Novaes Rocha, 27. Mayra e Douglas eram casados e tinham três filhos pequenos.

A jovem assassina foi presa no mesmo dia fato acontecido, e assumiu ter planejado a morte do esposo e disse que os golpes de facadas foram desferidas por Bruno Feliciano no momento que o marido dormia alcoolizado. 

Ela ainda disse que desovou o corpo de Douglas em uma estrada vicinal, entre os bairros Guaicurus e Jóquei Clube

Bruno fugiu e ficou escondido na residência de Moizés Antônio Feliciano dos Santos, 35,  vulgo “Xuxa”, no município de Corbélia, no Paraná..

O SIG em diligencias chegou até casa de Moizés, porém Bruno já não estava mais lá, e Moizés preso, pois era procurado por assassinato ocorrido em novembro de 2011 em Rio Brilhante, onde deverá cumprir 17 anos de reclusão. 

Bruno Feliciano se entregou acompanhado de advogado e foi ouvido pelo delegado Erasmo o Cubas, chefe do SIG e responsável pelas investigações. Em breve ele será levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Mayra está no presídio feminino de Jateí.

Na denúncia, já aceita pela Justiça, o promotor Luiz Eduardo Sant’Anna Pinheiro afirmou que Mayra e Bruno mataram Douglas por motivo torpe, por considerá-la obstáculo ao relacionamento extraconjugal; mediante recurso que dificultou a defesa, uma vez que os ataques começaram enquanto a vítima dormia após ingerir bebida alcoólica, e por meio cruel, tendo em vista a quantidade de golpes desferidos em Douglas.

Além do homicídio triplamente qualificado, os dois são réus por ocultação de cadáver e fraude processual (limpeza da sala e do carro usado para levar o corpo, para apagar pistas).

Medo de sangue 

 Bruno nega ter matado Douglas. Em entrevista na delegacia, o advogado dele, Júlio Montini Neto, disse que o rapaz achava que Mayra estava separada e que fugiu da cidade por medo e por falta de orientação.

“Ele nem sabia que ela morava com o esposo. Ela foi 1h30 da madrugada na conveniência que o Bruno trabalhava para levá-lo para casa, ela dizia que estava morando com os pais. Quando chegou na casa, encontrou aquela pessoa caída, ele nem sabia o que tinha acontecido”, alega o advogado.

Montini Neto disse que Bruno nem sabia quem era a pessoa caída e achou que o homem seria socorrido ao hospital. “No caminho, ela falou que tinha matado o marido. Ele, que tem até medo de sangue, entrou em desespero”, explica o advogado.

Segundo o defensor, Bruno Venâncio foi para a casa de parentes no Paraná. Quando o avô do rapaz soube do fato, teria procurado o advogado para acompanhar a apresentação do acusado.

A versão dele é totalmente diferente daquela contada por Mayra. A mulher afirma ter sido Bruno que esfaqueou Douglas enquanto ela estava no quarto com o filho mais novo do casal (os outros dois estavam na casa da mãe dela). Também afirmou que foi o amante que levou o corpo até a estrada, enquanto ela limpava a cena do crime.

*Com informações do Campo Grande News 

Foto: Adilson Domingos 

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