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Sexta, 19 de abril de 2024

Neste domingo (06) é comemorado o Dia nacional do Teste do Pezinho

Médicos informam que o alcance do exame ainda está longe do ideal.

06 de jun 2021 - 16h:55 Créditos: O Vigilante
Crédito: Divulgação

Neste domingo (06), é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, o exame que ajuda a identificar doenças graves em recém-nascidos. O teste é obrigatório por lei e tem sua coleta assegurada pelo SUS, de forma gratuita.

Segundo pesquisas a taxa de cobertura não alcança 90% das crianças nascidas no SUS (Sistema Único de Saúde). Feito a partir de gotas de sangue coletadas no calcanhar do bebê, o teste é essencial para ajudar na identificação de patologias como o hipotireoidismo congênito, quando a glândula tireoide do recém-nascido não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônios; a fenilcetonúria, que é uma doença relacionada ao metabolismo; e as hemoglobinopatias, que são doenças que afetam o sangue, como o traço falcêmico e doença falciforme.

'É um direito de todas as crianças e extremamente importante que o teste seja realizado nos primeiros dias de vida do bebê. Com grande precisão na probabilidade, o exame faz uma triagem de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que podem causar sequelas por toda a vida', explica o médico pediatra neonatologista e professor do curso de Medicina da Uniderp, Walter Peres. 'O recém-nascido que apresentar resultado positivo na triagem neonatal deverá fazer exames específicos para confirmação do diagnóstico', complementa.

O exame pode ser realizado entre o segundo e quinto dia de nascimento. De acordo com Walter, não é recomendada a realização antes das 48 horas de vida. 'Algumas alterações hormonais e metabólicas só atingem o equilíbrio após esse período. O prazo máximo deve ser respeitado para que o diagnóstico seja feito rapidamente e não haja prejuízos à saúde do bebê no caso de tratamentos específicos', avisa. Com o resultado em mãos, o Teste do Pezinho poderá ser apresentado na primeira consulta com o pediatra, geralmente, nos primeiros 15 dias de vida.

Ampliação das doenças rastreadas - Recentemente, foi sancionada a lei nº 14.154, que amplia para 14 o grupo de doenças rastreadas pelo exame, podendo identificar até 53 enfermidades. A implementação será feita em cinco fases, de forma escalonada e será regulada pelo Ministério da Saúde. 'A ampliação desse rastreamento vai acelerar o diagnóstico de doenças raras', destaca o médico neonatologista.

As etapas vão abranger na primeira fase a detecção de excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além do diagnóstico para toxoplasmose congênita. Doenças como galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos serão analisadas em uma segunda etapa do plano. Exames para doenças lisossômicas, testagem para imunodeficiências primárias e diagnóstico para atrofia muscular espinhal serão contemplados nas etapas seguintes.

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