
O Pix, sistema de pagamentos instantâneos que se tornou um dos mais utilizados no mundo em 2022, está prestes a ganhar ainda mais funcionalidades. Segundo o Banco Central (BC), a autarquia responsável pela sua implementação, há projeções ambiciosas para o futuro do Pix, incluindo a possibilidade de funcionar sem a necessidade de conexão com a internet. Essa inovação tem o potencial de ampliar o acesso e oferecer mais comodidade aos usuários, incentivando novos modos de uso e a substituição de métodos de pagamento menos eficientes.
No recém-divulgado Relatório de Gestão do Pix, o BC ressalta que a expansão do Pix para operar offline permitirá realizar transferências mesmo em locais sem conectividade. Atualmente, a realização de transações via Pix requer acesso à internet. Essa mudança significaria um avanço considerável no alcance e na flexibilidade desse sistema.
Outra perspectiva mencionada pelo BC é a adoção da tecnologia de aproximação, semelhante ao funcionamento dos cartões de crédito e débito. Essa abordagem possibilitaria o uso do Pix em cenários como pagamento de pedágios em rodovias, estacionamentos e até mesmo no transporte público. A instituição acredita que essa evolução poderia viabilizar muitos negócios que atualmente enfrentam desafios de conectividade, proporcionando uma solução simples, segura e de menor custo.
Parcelamento via Pix e pagamento internacional
Além dessas novidades, o Banco Central também projeta a opção de parcelamento de compras utilizando o Pix. Essa ideia surge em meio às discussões sobre possíveis mudanças nas divisões no cartão de crédito, visando a compensação de limites nos juros do crédito. O BC observa diferentes modelos de implementação, como vincular crédito pessoal a transações Pix ou permitir o pagamento de transações Pix na fatura do cartão de crédito. A autarquia está atenta ao desenvolvimento desse mercado e pode considerar a criação de um produto único ou a definição de regras mínimas caso seja necessário.
Outra expansão estimada é a utilização do Pix como forma de pagamento internacional. Atualmente, o sistema engloba apenas contas brasileiras, lançado em novembro de 2020. No entanto, o BC enxerga a possibilidade de integração com sistemas de pagamentos instantâneos internacionais no futuro, permitindo transações transfronteiriças entre o Brasil e outros países. Esse avanço incluiria remessas, pagamentos entre empresas e aquisição de bens e serviços no exterior, adotando padrões internacionais de comunicação.
O BC encerra o relatório com uma visão otimista em relação ao futuro do Pix, destacando que muitas outras novidades estão por vir. A instituição enxerga o Pix como uma peça-chave na transformação digital dos meios de pagamento, e acredita que as inovações já implementadas são apenas o começo de uma revolução nesse setor. Com essas projeções, o Pix se consolida como uma ferramenta multifuncional, capaz de simplificar transações financeiras e promover a inclusão financeira em diferentes cenários.