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Terça, 12 de novembro de 2024

Sem repasse da Prefeitura, mães de crianças com deficiência se endividam e fazem rifa para comprar fraldas

Confira a matéria na íntegra

06 de out 2022 - 11h:56 Créditos: MIDIAMAX
Crédito: REPRODUÇÃO

Mães de crianças e adolescentes portadores de deficiência denunciam atraso de pelo menos quatro meses no repasse de fraldas que deveria ser feito pela Prefeitura de Campo Grande. Sem alternativa, elas afirmam que passaram a depender de doações e estão até se endividando para não deixar os filhos sem o produto. 

“Estou toda endividada com cartão de crédito porque não posso deixar minha criança sem o básico para viver. É um sofrimento muito grande e eles falam que não têm previsão de compra”,afirma a mãe do Enzo Miguel, de 5 anos.

Ao Jornal Midiamax, a responsável pela criança encaminhou uma fatura com despesas de mais de R$ 3 mil, resultado das compras que foi obrigada a fazer para o filho. “Ele usa seis fraldas por dia, tem sido muito difícil”, finaliza. 

Mãe do Luís, de 11 anos, Celina Domingues dos Santos, de 57 anos, conta que por conta das despesas, teve de pedir ajuda e até fazer rifas para não deixar o filho sem fralda. “Ele tem paralisia cerebral e é autista. Compro medicamentos e leite caros e agora fralda. Quem aguenta?”, questiona.

Há um mês, o Jornal Midiamax já havia contato a história da atendente de telemarketing Darling Kelly Romero, de 36 anos, Mãe do Victor Miguel, de 13. Na época ela já estava há dois meses sem recebe o produto. “Um pacote com 10 fraldas custa R$ 25. Se eu tiver que comprar vai pesar muito no meu orçamento, além disso, é um dinheiro que eu poderia gastar em alimentos ou remédios”, comentou na época.

Até hoje, um mês depois, Darling afirma que a situação permanece a mesma. “Tenho pedido ajuda e doações, estamos nos virando e dando um jeito, mas a gente fica assim porque sabemos que existe uma verba específica para isso. Onde está esse dinheiro? Porque essas coisas estão faltando”, indaga.

Todas as mães ouvidas pela reportagem retiram as fraldas no CEM (Centro de Especialidades Médicas) em Campo Grande. Lá, a informação repassada é que não há prazo para que o fornecimento seja retomado. 

O Jornal Midiamax questionou a Prefeitura sobre a situação e aguarda retorno. 

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