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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Caso Durval: Filha chamou pelo pai após ouvir disparo do sargento

Durval Teófilo Filho, vítima do sargento da Marinha

07 de fev 2022 - 14h:07 Créditos: IG
Crédito: IG

A filha de apenas 6 anos do repositor de supermercado  Durval Teófilo Filho, 38, chamou pelo pai ao ouvir o primeiro dos três disparos que o mataram na noite da última quarta-feira (2), no Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A viúva da vítima, Luzianeh Teófilo, contou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que a menina esperava o pai chegar do trabalho todos os dias e o viu em uma passarela próximo ao condomínio onde moravam, pouco antes do assassinato.

Durval foi morto pelo sargento da Marinha, Aurélio Alves Bezerra, que disse ter o confundido com um assaltante, mesmo não tendo ocorrido tentativa ou assalto no momento do crime.


Ainda de acordo com a viúva, ela estava na cozinha quando ouviu o primeiro disparo e a filha do casal estava próxima a janela. Luzianeh então correu até a menina, com medo de que ela fosse atingida por uma bala perdida. Nesse momento, contou ela, a criança chamou pelo pai e, ao ouvir o segundo disparo e um grito, sentiu que a vítima era Durval.

"Quando eu escutei o primeiro disparo, imediatamente eu larguei tudo, peguei minha filha que estava na janela, fiquei com medo de dar bala perdida. Ela falou assim: 'papai, papai' e eu falei: 'calma'. Quando eu escutei o segundo disparo e um grito, um grito muito alto, eu falei assim: 'que Deus tenha misericórdia, que Deus esteja com essa pessoa que está lá fora'. Mas, o meu coração já estava dizendo que era ele”, desabafou Luzianeh.

Segundo a mulher, o marido cresceu em uma das favelas mais perigosas do município de São Gonçalo e decidiu se mudar para um condomínio no Colubandê, em busca de mais segurança para a família. Ela ressaltou que a vítima tinha uma rotina para evitar assaltos e, por isso, sempre pegava as chaves ao se aproximar do portão de casa.

"Ele foi criado lá (na favela) e saiu de lá na intenção de buscar uma vida melhor, dar segurança para a família dele e ele não teve essa segurança. (...) Ele chegava sempre às 11 horas da noite. A minha filha já esperava ele toda noite na janela. E ela viu o papai passando pela passarela. 'Mamãe, o papai está vindo'. Eu falei: 'que bom, graças a Deus!'", relatou Luzianeh.


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