Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Morase, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegaram ao Palácio do Planalto por volta de 11h30 desta segunda-feira (7) para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
Os ministros vão entregar ao presidente o convite para a posse deles no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fachin vai presidir o tribunal pelos próximos dois anos, e Moraes será o vice. O TSE conta, em sua composição, com ministros do STF.
A relação de Bolsonaro com o Judiciário nos últimos anos tem sido marcada por ataques do presidente.
Bolsonaro criticou decisões de ministros, participou de atos antidemocráticos que pediam, de forma ilegal, o fechamento do STF e questionou, assumidamente sem provas, a segurança das urnas eletrônicas.
Moraes é o ministro com quem Bolsonaro mais tem desgaste. Ele comanda algumas investigações no Supremo que têm o presidente como alvo. Uma delas é a investigação sobre divulgação de notícias falsas a respeito de vacinas e outra apura disseminação de suspeitas infundadas contra as urnas.
Há duas semanas, o ministro determinou que Bolsonaro comparecesse pessoalmente à Polícia Federal para prestar depoimento em outro caso: o que investiga se o presidente revelou, em uma live, dados sigilosos sobre uma investigação de ataque virtual contra o TSE. Bolsonaro não foi ao depoimento, o que aumentou a tensão com Moraes.
O ministro também é relator do inquérito das fake news, que investiga empresários e políticos bolsonaristas pela formação de uma rede que dissemina informações falsas com o objetivo de enfraquecer a democracia e as instituições.
Fachin e Moraes vão comandar o TSE durante o processo eleitoral do segundo semestre deste ano.