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Domingo, 08 de junho de 2025

Médicas alertam: tatuar blush e marca de biquíni pode causar infecção

Especialistas explicam os riscos à saúde da aplicação de tatuagens permanentes para simular blush, marquinha de biquíni e até baby hair

07 de fev 2025 - 16h:17 Créditos: Metrópoles
Crédito: Divulgação

O mundo da beleza está sempre se reinventando. Uma das tendências que viralizou recentemente é a aplicação de tatuagens permanentes para simular blush, marquinha de biquíni e até baby hair. Embora prometa praticidade no dia a dia, a técnica pode apresentar riscos à saúde.

Nas redes sociais, diversas mulheres têm compartilhado suas experiências com o procedimento. A influencer MC Lina dividiu a opinião da web ao decidir tatuar uma marquinha de biquíni e um delineado gatinho. Uma clínica também chamou atenção ao divulgar os efeitos do blush permanente em uma cliente.

De acordo com a dermatologista Debora Terra Cardial, existem várias técnicas de tatuagens permanentes. No entanto, o tipo de procedimento escolhido pode causar problemas como reações alérgicas, granulomas e quelóides.

“A área pigmentada pode se tornar mais sensível ao toque ou a produtos tópicos, especialmente ácidos ou cosméticos esfoliantes. Além disso, a exposição ao sol sem proteção adequada pode causar manchas escuras ou claras ao redor da área pigmentada”, explica a profissional.

A médica Fernanda Nichelle, que atua exclusivamente na área estética, diz que um dos principais riscos é a possibilidade de infecção. “Como é feito um pequeno orifício na pele para a deposição do pigmento, essa abertura pode servir como porta de entrada para microrganismos, levando a infecções locais ou sistêmicas.”

A longo prazo, Fernanda explica que o paciente pode continuar exposto ao risco de desenvolver alergias, além da possibilidade do pigmento sofrer alteração de cor. “Em alguns casos, a pele pode reagir tardiamente ao material depositado, levando a complicações inesperadas”.

Remoção das tatuagens

A remoção das tatuagens permanentes é feita, principalmente, com o uso de laser. Porém, segundo a médica Fernanda Nichelle, a remoção completa, sem causar dano estético, é praticamente impossível. Como consequência, o paciente pode desenvolver discromia, ou seja, uma alteração na coloração da pele.

“Outro fator importante é que os pigmentos coloridos são mais difíceis de remover. O pigmento preto, por exemplo, pode ser eliminado em grande parte, mas a remoção ainda apresenta riscos e desafios significativos”, afirma a expert em estética.

A dermatologista Debora Terra cita os principais riscos à pele na remoção de tatuagens permanentes:

  • Cicatrizes permanentes: o processo de remoção, seja por laser ou métodos químicos, pode causar cicatrizes.
  • Alterações na pigmentação: a remoção pode deixar áreas mais claras (hipopigmentação) ou mais escuras (hiperpigmentação).
  • Persistência do pigmento: alguns pigmentos usados nesses procedimentos não respondem bem aos lasers tradicionais. Isso pode dificultar a remoção completa e deixar resíduos visíveis.

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