Crédito: Guarda afirma que foi atacado por onça ao tentar defender cães no Pantanal de MS. — Foto: Corpo de Bombeiros/ Reprodução Valdinei da Silva Pereira de 57 anos foi atacado por uma onça-pintada na madrugada desta quarta-feira (7), em Corumbá, ao tentar defender seu cachorro do felino. O caso aconteceu na região do Mirante da Capivara, no bairro Generoso, às margens do Rio Paraguai, área que já registrou outros episódios envolvendo animais silvestres.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi socorrida por volta das 8h30 com várias lesões pelo corpo, incluindo ferimentos na cabeça, um corte superficial no nariz e trauma na região dos olhos. Ele também relatava fortes dores no tórax, possivelmente causadas pela queda e pelo impacto do ataque.
Conforme o relato do homem, ele percebeu que o cão estava sendo atacado e saiu de casa, ainda durante a madrugada, para tentar salvá-lo. Nesse momento, acabou sendo derrubado e ferido pela onça. O animal fugiu levando o cachorro.
No local, os bombeiros encontraram marcas de sangue nas imediações da residência, o que confirma a violência do confronto. A vítima estava consciente e orientada no momento do socorro, sendo encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal de Corumbá para exames e cuidados médicos.
A ocorrência será investigada pela Polícia Militar Ambiental (PMA), que deve apurar o comportamento do felino e se há risco para moradores da região, considerando a proximidade das residências com a área de mata.
Esse não é o primeiro caso envolvendo ataques de onças em Mato Grosso do Sul, especialmente em áreas próximas ao Pantanal, onde o contato entre humanos e grandes felinos tem se tornado mais frequente devido à expansão urbana, queimadas e perda de habitat.
Especialistas alertam que, embora sejam raros, os ataques geralmente ocorrem quando o animal se sente ameaçado ou está acuado. A recomendação é não se aproximar, não tentar intervir em ataques e acionar imediatamente as autoridades ambientais.
2º ataque
O caso de Valdinei é o segundo ataque de onça a pessoas registrado em Mato Grosso do Sul este ano. Em abril, o caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, morreu após ser atacado por uma onça-pintada.
A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul confirmou que a onça-pintada capturada em abril deste ano, no Pantanal, foi a responsável pela morte do caseiro Jorge Avalo. O homem morreu aos 60 anos durante um ataque do animal.
O caseiro morreu no dia 21 de abril deste ano, após ser atacado pela onça no pesqueiro onde trabalhava, às margens do rio Miranda, no Pantanal. Jorge trabalhava no local havia 16 anos e já estava acostumado à presença de onças na região.
A onça foi capturada em 24 de abril e levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Campo Grande. Após três semanas sob cuidados, ganhou 13 quilos e foi transferida ao Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde recebeu o nome Irapuã, que significa "agilidade e força" em tupi-guarani.
