Em Mato Grosso do Sul as exportações de janeiro a setembro deste ano teve um aumento de 14,27%, ou seja, uma soma de U$ 4,634 bilhões, em comparação com 2019.
O desempenho é causado pelas operações de soja. Teve um salto no superávit, que já está com os US 3,214 bilhões, alta de 35,59% em relação ao ano passado.
“A soja impulsionou as exportações de Mato Grosso do Sul, com alta de 62,17%. Já a celulose, mesmo tendo apresentado queda de 13,95% em termos de valor, registrou uma alta de 9,6% no volume de produtos exportados. A carne bovina registra estabilidade e as carnes de aves cresceram 12,46%. Importante destacar o desempenho dos óleos e gorduras vegetais e animais, com alta de 140,37% e do açúcar, com mais de 258,15% de crescimento em relação ao ano passado, período em que houve problema no mercado internacional, mas agora tivemos essa recuperação. Outro produto que vem expandindo é o ferro-gusa e ferro-ligas, com alta de 355,19%”, comentou o secretário Jaime Verruck.
Em MS as exportações estão em alta. “As vendas externas em setembro chegaram aos US$ 4,634 bilhões e tivemos um incremento de 35% no superávit em relação ao ano passado”, afirmou. O principal destino das exportações continua sendo a China com 49,14% de participação (alta de 32,87% em relação a 2019) enquanto no aspecto regional o principal município exportador foi Três Lagoas, com 41,54% de participação nas exportações estaduais.
Jaime falou do lado negativo e positivo da variação cambial no incremento do desempenho da balança comercial para o país e parao estado. “A média de fechamento de câmbio no mês de setembro foi de R$ 5,39, uma variação cambial 31% em relação ao ano passado, percentual que coloca o Brasil como um dos países de maior desvalorização de sua moeda”, declarou.
“Essa desvalorização da moeda tem favorecido as exportações brasileiras e sul-mato-grossenses, mas é preocupante, pois o ideal é que tenhamos uma taxa de câmbio com equilíbrio. Uma taxa elevada e com grandes volumes exportados também cria um processo de inflação interno, que é o que já estamos observando em alguns supermercados em função da não disponibilidade de produtos e, consequentemente, encarecimento de preços. O dólar alto é positivo para o agronegócio e a balança comercial brasileira, mas ainda é necessário ajuste. Essa taxa de câmbio está muito ligada à capacidade do governo em cumprir teto de gastos, de fazer uma estabilidade econômica, que é a busca da equipe do governo federal”, finalizou Verruck.