Crédito: Divulgação Oito pessoas foram resgatadas hoje (7), em Mogi Guaçu, São Paulo, vítimas de trabalho análogo à escravidão
O casal de proprietários da região mantinham seis homens trabalhando (com carteira assinada) em lavouras e duas mulheres fazendo serviços domésticos.
O grupo tinha péssimas condições de trabalho e não havia estrutura básica para se morar. Nas residências entravam qualquer tipo de animais e bichos, uma das moradoras relatou que foi picada duas vezes por escorpiões.
Colchões e sofás velhos, inapropriados para o uso, eram utilizados como leitos por todos eles, inclusive crianças e adolescentes. A residência não tinha despejo adequado de esgoto, que era despejado no solo, em um lodaçal de onde as vítimas retiravam água para o preparo de alimentos, expondo o grave risco de contaminação.
Os trabalhadores foram obrigados a assinarem contratos, mesmo sem receberem o valor correspondente. Os homens trabalhavam com produtos tóxicos e não tinham nem uma proteção.
Em decisão judicial, foi pedido o reconhecimento de trabalho escravo e a concessão de seguro desemprego, por três meses, aos trabalhadores prejudicados, no valor correspondente a um salário mínimo cada parcela, totalizando R$ 4.586 e o custeio da volta de todos eles à sua cidade de origem.
O MPT pediu a apreensão judicial de todos os bens dos empregadores.
