O Governo de Mato Grosso do Sul apresentou na tarde desta terça-feira (7), em Brasília, durante a realização do 6º Brasil Investment Forum (BIF 2023), maior evento de investimentos estrangeiros da América Latina, as estratégias adotadas pelo Estado para alcançar um desenvolvimento em negócios sustentáveis e atrair investimentos.
O governador Eduardo Riedel ressaltou que a bioeconomia abrange várias áreas como infraestrutura, saúde, educação e empreendedorismo. "Temos no Estado um potencial muito grande de integrar todos estes ativos oferecendo novas oportunidades à população”, acrescentou.
Riedel ainda afirmou que o Estado atua com três grandes temas: segurança alimentar, sustentabilidade e energia, de forma inclusiva e tecnológica. “A bioeconomia é um dos grandes vetores num estado que possui os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Estamos investindo em infraestrutura, energia, telecomunicações com fibra ótica ligando nossos 79 municípios, e uma agenda de incentivo ao agronegócio com balanço de carbono”, apontou.
O chefe do executivo sul-mato-grossense, convidado pela organização do evento para participar do painel “O Poder das Oportunidades Regionais”, expôs que o Governo do Estado elabora uma proposta de lei para garantir a preservação do Pantanal, que inclui as pessoas que habitam a região há mais de 300 anos, praticando a pecuária de corte extensiva. “A meta do carbono neutro até o ano 2030 é totalmente factível no Mato Grosso do Sul, aliado ao desenvolvimento econômico”.
O governador também salientou que a implantação do Fundo do Pantanal, proposta levada a agentes financeiros nacionais e internacionais, pode ser um grande transformador dos ativos no Estado, principalmente, na preservação do meio ambiente. “Levamos muito a sério a agenda do desenvolvimento sustentável e estamos fazendo investimentos em infraestrutura como a Rota Bioceânica, que deverá estar em operação no segundo semestre de 2025, integrando parceiros no acesso aos portos do Chile, e na diversidade cultural entre os povos”, garantiu.
Em sua fala, o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, destacou o papel da instituição financeira na estruturação de projetos, e lembrou da iniciativa da criação de um fundo para preservação do Pantanal, além de soluções que promovam ainda mais o Bioparque. Barbosa adiantou que o BNDES estuda aportes no Fundo do Clima para apoiar projetos regionais.
O painel foi aberto pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que discorreu sobre o desafio do governo em diminuir as diferenças regionais com o incentivo à bioeconomia. “Toda a estratégia do Ministério é voltada para a inclusão social em novas políticas em bioeconomia, com a concessão de microcréditos”.